tag:blogger.com,1999:blog-34333320631897003172024-02-18T21:38:01.345-08:00O QUE ELES ESCONDEMLeituras contra o vírus neoliberal. irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.comBlogger156125tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-21972027243059880122018-10-26T09:31:00.002-07:002018-10-26T09:31:47.632-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">PORQUÊ
A RECUSA?</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A Comissão Europeia rejeitou
liminarmente o Orçamento da Itália. Eis alguns pontos que não lhe agradaram:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- Reduz a duração máxima dos
contratos temporários de 36 para 24 meses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- Estabelece que o contrato
temporário só poderá ser prorrogado se existirem causas temporais e objectivas
que o justifiquem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- Aumenta significativamente a
indemnização por despedimento dos contratados temporalmente e penaliza o seu
uso abusivo com um aumento de 0,5% para a Segurança Social por cada prorroga do
contrato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- Empresas que abandonem o
território italiano têm que devolver o dinheiro das ajudas públicas que
receberam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- Aquelas que saiam para fora
da EU são sancionadas com pesadas multas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- É criado um rendimento mínimo
para 5 milhões de italianos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- A reforma mínima passa de
500 para 780 euros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">- É proibida a publicidade às
apostas desportivas e jogos de azar (com excepção da lotaria nacional), nos
meios de comunicação, eventos desportivos, culturais ou artísticos, painéis
publicitários e internet. A ludopatia, que atinge sobretudo os mais pobres e é
já um grave problema social, passa, assim, a ser combatida, contra os
interesses dos grandes grupos de comunicação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Convém saber, igualmente, que
a Itália tem um excedente comercial e um excedente primário (saldo positivo,
antes do pagamento de juros da dívida); que cerca de dois terços da dívida
pública é detida pelos próprios italianos e que a Itália, ao propor um défice
de 2,4%, continua a respeitar a regra dos 3% como máximo, ao contrário da França,
de que Moscovici foi ministro das Finanças entre 2012 e 2014 e nunca cumpriu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O que está, então, em causa?
Será o facto de o governo italiano se ter atrevido a contestar as orientações
neoliberais dos ladrões da EU e tenha começado a desmontar o mito do tratado de
Maastricht e as suas consequências e queira recuperar a soberania e o Estado? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">É verdade que as medidas
propostas para combater a regressão nos direitos laborais (como a reforma de
Matteo Renzi, a do “contrato único” ou despedimento livre) são insuficientes.
Mas, é também verdade que tudo o que cheire a contestação é, de imediato,
apelidado de nacionalista, fascista, populista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Não se sabe ainda para onde
irá o governo italiano: acabará por obedecer à ditadura da EU e dos mercados ou
encontrará um caminho novo, que a Grécia desprezou, vergando-se? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-64522831708369836862018-05-01T10:00:00.000-07:002018-05-01T10:00:31.060-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arábia Saudita e Israel: uma perigosa
aliança terrorista</span></span></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Em
Março de 2012, vai para cinco anos e meio, escrevi um artigo no qual tentava
desmontar uma ideia enganosa que punha e põe o centro do conflito do Médio
Oriente num lugar em que não está. Tinha-se cumprido um ano do início da
chamada “primavera árabe” e haviam transcorrido apenas uns meses desde o atroz
assassinato de Muamar El Kadafi e a guerra na Síra mal começava.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Aí
dizia «Nas relações internacionais, é comum falar de “conflito
árabe-israelita”, quando, porém, se alguém se introduz com certa profundidade
no tema, verá que, na realidade, se faz alusão à política expansionista do
estado israelita contra o povo palestiniano, violando a justa e legítima
resposta deste.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">O que
acontece na realidade é a confrontação entre aliados dos Estados Unidos e
Europa que podem ser árabes e/ou israelitas e os povos árabes duplamente
oprimidos pela intervenção imperial nos seus territórios em conivência com os
seus governos e o carácter repressivo, autoritário e antidemocrático da maioria
dos governos da região. É assim que Israel tem excelentes relações com uma boa
quantidade de governos dos países árabes com os quais supostamente está em
conflito.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Israel,
as monarquias autocráticas e os governos reaccionários do Médio Oriente e norte
de África estabeleceram uma aliança virtual sob a égide da Grã-Bretanha,
primeiro, e Estados Unidos, depois. A falácia de um suposto conflito alimentado
pelo Ocidente não faz mais do que sustentar um mercado vital para a manutenção
de um modelo de sociedade decadente».<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Todavia,
nesse momento, era possível disfarçar a realidade, mas as evidências dos factos
recentes encarregaram-se de arrancar as máscaras e confirmar a certeza de que o
exposto naquela altura se transformou num cenário triste e lamentável que
prefigura os acontecimentos políticos mais relevantes do Médio Oriente e do
norte de África. A aliança comandada pelos Estados Unidos e integrada pela
Arábia Saudita, Israel e quase todas as monarquias do Golfo Pérsico destapou as
suas verdadeiras intenções para justificar os mais terríveis desmandos, o apoio
e a protecção ao terrorismo no Iraque e na Síria, uma despiedada guerra contra
o povo iemenita e as violações mais flagrantes ao direito internacional e ao
respeito pelos direitos humanos. Só no Iraque, fala-se de entre 1,2 e 1,4
milhões de mortos, na Síria, cerca de 450 mil falecidos e, no Iémene, uns 40
mil, além da pior crise humanitária da história recente em que se contam 850
mil cidadãos que contraíram cólera dadas as insuficientes condições de
salubridade, assim como 14,8 milhões de pessoas que carecem de serviços básicos
de saúde e 14,5 milhões de água potável, segundo números da Organização Mundial
da Saúde (OMS).<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Enquanto
isto acontece, os projectos da aliança saudita-israelita não puderam ser
cumpridos: Bashar El Assad continua no poder na Síria e as suas forças armadas
derrotaram virtualmente o ISIS e as outras organizações terroristas, o exército
iraquiano recuperou a quase totalidade do território nacional, os huthies do
Iémen melhoram dia-a-dia a sua capacidade e disposição combativa e começam a
assestar golpes certeiros às forças sauditas invasoras, no seu próprio
território.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
desespero começou a aumentar no interior da monarquia wahabita e o reino começa
a mostrar as suas brechas. O brutal dispêndio económico que significa manter o
nível de vida da família monárquica, os gastos gigantescos no financiamento do
terrorismo e na manutenção da guerra no Iémene, fizeram diminuir os fundos das
arcas reais. A resposta tem sido comprar armas aos Estados Unidos no valor de
110 mil milhões de dólares, durante a recente visita do presidente Trump a
Riade, com o intuito de tentar dar uma volta à situação bélica no sul da
península arábica, o que parece pouco provável. Em troca, o presidente dos
Estados Unidos comprometeu-se a dar carta branca a todas as acções da aliança
saudita-israelita na região.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Do
mesmo modo, tomaram uma série de medidas de carácter interno com o objectivo de
tentar manter a coesão social e a governabilidade do país, face às cada vez
maiores de descontentamento popular, que levaram a incrementos na repressão,
sem temor a críticas, atendendo ao apoio ocidental a tais práticas. Procurando
saída para a tensa situação, o rei Salmán destituiu quem tinha nomeado como
sucessor para designar, em seu lugar, o filho Mohamed Bin Salmán, a quem, para
além disso, concedeu a titularidade do Ministério da Defesa, correspondendo-lhe
dirigir a desastrosa campanha do Iémene.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Com o
objectivo de dar um carácter institucional à mudança na máxima hierarquia do
governo, a 4 de Novembro passado, o rei criou um comité anticorrupção,
pondo-lhe à frente o próprio príncipe Mohamed que, como maneira de abrir
caminho para o seu futuro reinado e que, na realidade, foi um auto-golpe de
Estado, mandou prender 201 altos cargos do governo, das Forças Armadas,
governadores provinciais e empresários, aos quais se confiscaram ou congelaram
cerca de 800 mil milhões de dólares, que passarão para as arcas do Estado, a
fim de permitir ao príncipe pagar dívidas, dar continuidade à guerra no Iémen e
financiar o terrorismo, depois do governo monárquico se ter visto obrigado a
recorrer aos mercados creditícios e aos fundos da reserva nacional para conter
a acelerada crise da sua economia. Os empresários detidos, alguns deles
considerados entre os maiores milionários do reino e do mundo, estão a ser
submetidos a pressões e torturas para que declarem onde se encontram os seus
capitais, que necessitam ser repatriados para Riade. Entre estes magnatas
presos encontram-se os proprietários de algumas das principais cadeias de
comunicação do mundo árabe: MBC, ART e Orient. Com tais acções, o príncipe
herdeiro garantiu o controle das finanças, dos meios de comunicação, das forças
armadas e dos governos locais, completando assim um autogolpe de Estado, com êxito
e sem sangue.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Tendo
por objectivo “lavar a cara” da monarquia e mostrar uma face mais agradável ao
mundo, Mohamed perseguiu e reduziu os líderes wahabitas radicais, procurando
revelar uma atitude modernizante no quadro de uma lógica ocidentalizada, o que
permite perceber as razões do desenho do seu programa estratégico denominado
“Visão 2030”, com vistas a renovar a economia saudita, elevando os níveis de
produção industrial e tecnológico, para reduzir a dependência da produção
petrolífera.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">No
fundo, a verdadeira razão está no impacto que o crescimento e intensificação do
prestígio do Irão tem na monarquia, em detrimento da sua própria capacidade de
influenciar os acontecimentos políticos da região. Por isso, com o regozijo e a
bênção dos Estados Unidos, deu um passo audaz, ao estabelecer uma aliança
estratégica com quem supostamente era o seu adversário histórico: Israel. Assim,
configurou um esquema a partir da inimizade comum de ambos os regimes contra o
Irão, acusando-o de estar por detrás dos últimos e vitoriosos ataques das
forças armadas iemenitas, dirigidas pelo movimento Ansar Allah, que permitiram
consolidar as acções bélicas em profundidade do território saudita.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Por
isso mesmo, procurando criar um novo cenário de conflito que lhe proporcione a
infalível intervenção de Israel e o reforço de uma aliança com o regime
sionista, a Arábia Saudita forçou a inexplicável renúncia do primeiro-ministro
libanês Saad Al Hariri, quando visitava Riade, para manter consultas com o
governo, actuando como se fosse o embaixador saudita no Líbano e não o chefe de
um governo de um país independente. Embora Hariri seja um antigo aliado da casa
Saúd, que deu uma importante ajuda financeira para o império empresarial da sua
família, informações provenientes da região afirmam que o primeiro-ministro
libanês está sequestrado em Riade, sem poder regressar ao seu país. A estranha
justificação para a sua renúncia foi a de que o movimento Hezbollah libanês
tentava assassiná-lo, sem apresentar uma única prova de tal acusação, que foi
imediatamente desmentida pelo líder da organização Hasan Nasrallah. A monarquia
saudita, num acto de extrema e absoluta impotência, comunicou que o Líbano lhe
tinha declarado guerra, sem avançar qualquer argumento que sustentasse tão
grave imputação. O objectivo final é a criação de condições para uma nova
invasão sionista do Líbano, de modo a envolver o Hezbollah nesse conflito,
desviando-o da sua missão de apoio ao governo sírio na luta contra o
terrorismo.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Quando,
ao que tudo indica, o terrorismo está a ser definitivamente derrotado no Iraque
e na Síria, a aliança saudita e israelita poderia estar a criar no Líbano uma
nova frente de guerra no Médio Oriente e, com isso, outro incêndio
incontrolável para o Ocidente, que terá de ter em conta o facto de tal
conflagração se produzir numa zona ainda mais próxima da Europa, mesmo na
fronteira do regime sionista e contra a única força que o derrotou no passado. </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">_____________________</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Texto original encontra-se <a href="http://www.avn.info.ve/contenido/arabia-saudita-e-israel-una-peligrosa-alianza-terrorista">aqui</a></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-46184784516332109032018-04-27T06:26:00.001-07:002018-04-27T06:26:47.680-07:00<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O
caso Skripal, escape (provisório) para May e Trump<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 283.2pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por
Ángel Guerra*<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Donald Trump uniu-se à
putinofobia de Theresa May com a expulsão de 60 diplomatas russos so solo
estadunidense. A maior de representantes de Moscovo desde o começo da guerra
fria. Recapitulemos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A 4 de Março, apareceram
inconscientes em Salisbury, Inglaterra, Serguei Skripal, oficial russo dos
serviços secretos militares, que se tornou agente inglês, e a filha Yulia, de
nacionalidade russa. Condenado na Rússia pelo seu trabalho de espionagem a
favor do Reino Unido, o agente saiu da prisão graças a uma troca de espiões e
instalou-se em Inglaterra. Os Skripal mostravam graves sintomas de intoxicação
e foram conduzidos para um hospital onde permanecem em estado crítico (NT). A 6 de
Março, o esgrouviado Boris Johnson, ministro britânico dos Negócios
Estrangeiros, deu a entender que Moscovo estava implicado na tentativa de
envenenamento dos Skripal e pôs em causa a participação do seu país no mundial
de futebol na Rússia. A 12 de Março, a conservadora primeira-ministro May disse
ante o parlamento britânico que era “altamente provável” Moscovo ter sido o
autor do envenenamento dos Skripal “ com um agente nervoso de natureza militar”
do género que a Rússia desenvolve, conhecido como Novichok. May deu um ultimato
de dois dias a Moscovo para se explicar e ameaçou adoptar severas medidas se o
Kremlin não desse uma respostas satisfatória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O ministro dos Negócios
Estrangeiros russo Serguei Lavrov esclareceria que a Rússia não proporcionou a
informação exigida, devido ao facto de não ter obtido nenhuma amostra do agente
neurotóxico utilizado contra Skripal. O chefe da diplomacia russa afirmou que,
segundo a Convenção sobre Armas Químicas, o Reino Unido devia ter-se dirigido
directamente ao país suspeito de haver utilizado a substância,
proporcionando-lhe o acesso à mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Duramente censurada no seu
próprio partido pela péssima condução do Brexit e em desespero para fugir ao
descrédito interno que lhe causou, May viu no envenenamento dos Skripal a mais
fácil porta de escape para a crise interna. Não duvidou, por isso, em culpar a
Rússia, apesar da Scotland Yard ter dito que a investigação levaria muitos
meses e que a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAC) tardaria
três semanas só para identificar o agente neuroparalisante supostamente
utilizado contra os Skripal. A primeira-ministra, porém, esperou apenas uma
semana para culpar a Rússia do crime e 10 dias para expulsar 35 diplomatas
russos do território britânico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Washington não tardou a
anunciar a expulsão dos russos e, atrás, vieram em cascata mais de 24 membros
da NATO e da União Europeia, assim como da Austrália. Deverão abandonar os
países onde trabalhavam para cima de 120 funcionários do serviço de
estrangeiros, no que se chama Ocidente, onde não abundam os países
independentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por seu lado, em Washington, o
“primeiro ataque com armas químicas na Europa desde a segunda guerra mundial”
assentou como uma luva, não importando que nem uma única prova de autoria russa
tenha sido apresentada: a Trump, para fugir ao cerco judicial apertado do
Procurador Robert Mueller e das crescentes acusações de abuso sexual de várias
mulheres; aos fanáticos russófobos como o secretário de Estado Mike Pompeo, o
director da segurança nacional John Bolton e um bom número de legisladores
republicanos e democratas, porque querem uma política ainda mais hostil contra
Moscovo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ainda que seja com este circo
de mau gosto, o “Ocidente” ripostou aos duros e vitoriosos contragolpes de
Vladimir Putin na Geórgia, Ucrânia e Síria, que destronam Washington e Israel
como principais decisores no Médio Oriente. E não só. A exibição pelo chefe do
Kremlin de armamentos hipersónicos, capazes de neutralizar a instalação
contínua de bases da NATO nas suas fronteiras e operar em qualquer parte do
mundo, a sua aliança estratégica com a China, a imposição, juntamente com o
gigante asiático, de uma política de diálogo na península coreana, o seu
arrasador triunfo eleitoral de 18 de Março, tudo isto é demasiado insuportável
para o Ocidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A Rússia foi declarada livre
de armas químicas pela OPAQ. Os Estados-Unidos não. E o alto chefe militar
russo Igor Kirilov afirmou que “o laboratório de Porton Down, Inglaterra,
continua a ser uma instalação supersecreta, cujas actividades incluem não só
destruir armas químicas obsoletas, mas… fazer experiências”. A Rússia negou
enfaticamente as acusações. Putin, levar a cabo um ataque destes contra um
espião de quarta categoria na véspera das eleições e do mundial de futebol? Por
favor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #EDEDED; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">________________________________________<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #EDEDED; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">*Especialista em questões
latino-americanas, analista internacional e colunista do jornal mexicano <i>La Jornada</i>. Comentador da teleSUR. Foi
director do jornal <i>Juventud Rebelde</i>
(1968-71), da revista <i>Bohemia</i>
(1971-80).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-size: large;">NT: o texto original foi publicado em 29 de Março de 2018 e pode ser lido <a href="https://www.telesurtv.net/bloggers/El-caso-Skripal-escapeprovisional-para-May-y-Trump-20180328-0002.html">aqui</a>. Entretanto, os Skripal continuam vivos, graças a Deus!</span>irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-79891074177196834072018-04-02T02:57:00.000-07:002018-04-02T02:57:35.588-07:00<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 106%;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 106%;">Relatório
demolidor da EU contra a ingerência privada no sector público<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O
Tribunal de Contas Europeu critica duramente, num relatório, a participação
privada em infraestructuras e serviços públicos, recomendando aos países
membros que não promovam modelos público-privados. Em Espanha, este modelo
serviu para financiar autoestradas de portagem que o Estado, agora, deve
resgatar.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tribunal de Contas Europeu</b> é contundente e claro: a EU não deve
continuar a financiar infraestructuras ou serviços públicos com participação
privada. Em relatório recente, que acaba de publicar, o principal órgão de
controlo financeiro da União Europeia, a que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Público</i> teve acesso, a instituição critica duramente as parcerias
público-privadas para infraestruturas ou serviços públicos por “insuficiências
generalizadas”, “gastos ineficazes”, “falta de transparência”, “atrasos”, e
“sobrecustos”, entre outras coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Além disso, recomenda que nem
a EU nem os seus Estados membros criem parcerias público-privadas até se
resolverem os principais problemas identificados no seu relatório especial <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Parcerias público-privadas na EU:
Deficiências generalizadas e benefícios limitados</i>, publicado no passado dia
20 de Março. Concretamente, o documento analisa 12 parcerias público-privadas,
cofinanciadas pela EU, em França, Grécia, Irlanda e Espanha, nos âmbitos do
transporte rodoviário e tecnologias da informação e comunicação, que implicaram
5.600 milhões de euros de financiamento europeu. E conclui que a participação
privada nesses projectos “não se pode considerar uma opção economicamente
viável para o funcionamento de infraestructuras públicas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Numa análise devastadora,
acrescenta que a entrada de capital privado em projectos do sector público
fez-se com “insuficiências generalizadas e benefícios limitados, com gastos
ineficazes e ineficientes”, onde “a relação custo-benefício e a transparência
se viram gravemente prejudicadas, em particular, por políticas e estratégias
pouco claras, uma análise inadequada, registos fora do balanço patrimonial e
acordos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">O relatório afirma que os
projectos público-privados analisados padeceram de “ineficiências consideráveis
sob a forma de atrasos durante a construção e aumentos importantes dos custos”.
No total, sete dos nove projectos completados – com custos de 7.800 milhões de
euros em projectos agregados – sofreram demoras que oscilaram entre 2 e 52
meses. Para mais, foi necessária uma quantidade adicional de quase 1.500
milhões de euros de fundos públicos para completar as cinco autoestradas
auditadas na Grécia e em Espanha, dos quais a EU proporcionou cerca de 30% -
422 milhões de euros -, denuncia o relatório especial. O Tribunal considera que
estas quantidades “foram gastas de maneira ineficiente no que respeita a
consecução dos benefícios potenciais”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Os projectos financiados sob o
modelo público-privado “são aproveitados para proporcionar bens e serviços que
o sector público habitualmente oferece”, explica o relatório, que indica a
grande magnitude do negócio que esta fórmula pressupõe, na qual as
multinacionais privadas fazem negócio com o apoio financeiro público: desde a
década de 1990, na EU levaram-se a cabo 1.749 projectos público-privados por um
valor de 336.000 milhões de euros. Segundo revela o relatório, a maioria destes
projectos consumaram-se no sector do transporte, que, em 2016, representou um
terço dos investimentos de todo o ano, superando o serviço de saúde e a
educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 106%;">Sombras
de corrupção<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">A suspeita de corrupção
política paira sobre alguns dados que o relatório oferece, como “na maioria dos
projectos fiscalizados, onde se elegeu a opção do financiamento público-privado
sem nenhuma análise comparativa prévia de opções alternativas, inclusive a do
sector público, não se demonstrando, portanto, tratar-se da opção que
maximizava a relação qualidade-preço e protegia o interesse público ao garantir
uma igualdade de condições entre a parceria pública-privada e a tradicional
adjudicação de contratos públicos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Neste sentido, o Tribunal
indica que “os projectos de autoestradas, em Espanha, se licitaram de maneira
pontual, mas os contratos renegociaram-se pouco depois, o que suscita perguntas
sobre se a contratação foi devidamente gerida”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">As auditorias revelam que no
caso das autoestradas público-privadas analisadas os custos dispararam após a
contratação em cerca de 300 milhões de euros que o sócio público devia assumir.
Em suma, o custo da autoestrada A-1 aumentou 33% (158 milhões de euros) e um
atraso de dois anos e a autoestrada C-25 na Catalunha teve um aumento de 20,7%
(143,8 milhões de euros, incluindo 88,9 milhões de euros em custos financeiros)
e atrasos de 14 meses. E isto apenas nas autoestradas auditadas neste
relatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 106%;">Próximo
negócio, a água<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">As conclusões do Tribunal de
Contas Europeu conhecem-se após o anúncio dos resgates das autoestradas com
portagem por parte do governo central, o que supõe uma nova paulada nos modelos
de parceria público-privada. Contudo, as grandes construtoras já não têm os
olhos postos nas infraestruturas de transportes como as autoestradas, que
consideram um sector esgotado financeiramente, mas centram-se, agora, no
negócio da água pública, onde, como explicam os peritos, há um mercado
garantido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">“A água é um serviço público
que se presta sob condições de monopólio natural e de um ponto de vista
mercantilista, estes serviços apresentam o grande atractivo de disporem de
clientes cativos, uma procura estável e capacidade de pagar por esses serviços,
seja através do orçamento municipal ou de tarifas aos consumidores. Aceder a
este “mercado” é o sonho de qualquer multinacional”, afirma Luis Babiano,
gerente da Associação Espanhola de Operadores de Água Pública (AEOPAS).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">De facto, segundo dados do
Tribunal de Contas, os serviços já privatizados (seja como empresas que ficaram
com a concessão do serviço de águas ou empresas mistas público-privadas)
apresentam sobrecustos que vão de 22% a mais de 90%, relativamente ao serviço
prestado de forma directa, com encarecimentos médios de 27% na recolha do lixo
ou 71% na limpeza das ruas (que aparecem na factura da água). Sobrecustos a
somar a uma menor qualidade na prestação do serviço e um subinvestimento, de
acordo com as mesmas fontes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Numa situação de emergência
social e de duras críticas sobre este modelo público-privado ou directamente
privatizador, a patronal da água AEAS-AGA, que agrupa as três principais
multinacionais da água – FCC Aqualia, Grupo Suez e Acciona – e,
surpreendentemente, algum operador público, mandou recentemente uma carta aos
grupos parlamentares para incluir os mecanismos de contratação público-privados
como prioridade dentro do chamado Pacto Nacional da Água em que o Executivo
está a trabalhar: uma espira mais no modelo que procura fazer negócio a partir
dos serviços públicos e requer a conivência dos representantes políticos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-left: 141.6pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;">Ricardo Gamaza, in <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Publico.es</i>,
31/03/2018<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-63201050785191522722017-12-31T06:07:00.000-08:002017-12-31T06:07:13.340-08:00<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;"><i>Se alguém nos anda a mentir não é Nicolás Maduro, o Presidente da Venezuela, mas o sô Silva, o nosso sibilino Ministro dos Negócios Estrangeiros. </i></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">PROVAS DO CRIME
ECONÓMICO CONTRA A VENEZUELA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Por<b> Alfredo Serrano
Mancilla*<o:p></o:p></b></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É proibido ver o evidente. Esta
espécie de máxima encontrada no mural de uma rua vem mesmo a calhar a todo
aquele que ignora a contínua agressão económica que a Venezuela vem sofrendo
nos últimos anos. Pode-se, legitimamente, estar a favor ou contra as decisões
económicas de Nicolás Maduro. Todo o debate económico é bem-vindo. Contudo, o
desconhecimento do conjunto de acções orquestradas de múltiplos âmbitos contra
a economia Venezuela retira o rigor a qualquer tipo de análise. Deixar de lado
o que a Venezuela está a enfrentar sob a forma de multi-agressão permanente em
matéria económica é um acto de irresponsabilidade deliberada. Além disso, seria
uma análise parcial e enviesada. Seria o mesmo que analisar a economia mexicana
sem considerar que tem os Estados Unidos como vizinho a norte. Ou supor que um
país tem mar apesar de não o ter. Como ler um estudo ou uma proposta na base de
premissas falsas, inexistentes, eclipsando uma boa parte do que sucede?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Apropriado será ter um panorama
integral para fazer um diagnóstico certeiro e, em função disso, realizar as
recomendações que cada qual considere oportunas. Nenhuma das provas esgrimidas
a partir de agora deve ser considerada como desculpa ou subterfúgio que sirva
para esconder outros desequilíbrios estruturais da economia venezuelana. O que
se trata neste artigo é demonstrar, com provas manifestas, que a economia
venezuelana não é como uma outra qualquer. Por muitas razões geopolíticas, está
submetida a um constante assédio que é obrigatório conhecer em pormenor. Eis
aqui uma lista dessas provas irrefutáveis:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">1.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->O risco-país (RP) atribuído pelas agências de
notação não tem razão de ser dado o cumprimento da Venezuela no pagamento da
dívida externa. Nos últimos 4 anos, a República honrou os seus compromissos de
pagamento, num total de 73.359 milhões de dólares. E o RP continuou a subir.
Verificaram-se 32 meses, nos últimos 14 anos, em que o RP contra a Venezuela subiu,
apesar do incremento do preço do petróleo. Actualmente, o RP atribuído por JP
Morgan (EMBI +) encontra-se em 4.820 pontos, isto é, 38 vezes mais do que
aquele atribuído ao Chile, apesar deste país ter um rácio de dívida/PIB
semelhante ao venezuelano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">2.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->A palavra “default” é usada contra a Venezuela
independentemente do seu significado. Dois exemplos que aconteceram
recentemente, embora tenha cumprido com o pagamento da dívida externa: a) Fitch
Ratings disse que a Venezuela tinha um “Default Selectivo”; b) Standard &
Poors baixou a notação, de CC/C para SD/D (default selectivo). Isto, porém, vem
de longe. Outro exemplo menos recente: em Fevereiro de 2016, Bloomberg afirmava
que a Venezuela tinha 76% de probabilidades de entrar em “default” num ano. E,
do mesmo modo, teríamos milhares e milhares de testemunhos que ratificam que as
notações para a Venezuela não seguem um critério de racionalidade económica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">3.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Donald Trump ditou uma ordem executiva
(amparando-se num decreto prévio de Obama) contra a economia venezuelana.
Bastará lê-la em pormenor para nos darmos conta de que se trata de um boicote
explícito, com a intenção de impedir o relacionamento da Venezuela com sócios
privados dos EUA, ao mesmo tempo que restringe o cumprimento dos pagamentos de
dívida externa, assim como as possibilidades de refinanciamento da mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">4.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Grande parte do sistema financeiro internacional
veio, nos últimos anos, proporcionando um esquema de bloqueio relativamente às
operações financeiras da Venezuela, limitando a acção de múltiplas instituições
(públicas e privadas) para executar pagamentos a fornecedores, receber
pagamentos, fazer transações, gerir carteiras de investimento, cumprir
obrigações financeiras e aceder a fontes de financiamento internacionais. E
sucederam-se os cancelamentos unilaterais de contratos interbancários contra a
Venezuela (Citibank, Comerzbank, Deutsche Bank). Desde Julho de 2017, o agente
de pagamento dos títulos de dívida emitidos por PDVSA (1), em Delaware, informou
que o seu banco intermediário (PNC Bank), nos Estados Unidos, negava-se a
receber fundos provenientes da petrolífera estatal. Por sua parte, o Novo Banco
(Portugal) notificou, em Agosto de 2017, a impossibilidade de realizar
operações em dólares por parte das instituições públicas venezuelanas, devido
ao bloqueio de intermediários. A empresa Euroclear, encarregada da custódia de
uma parte importante dos títulos de dívida da Venezuela, mantém importantes
operações de transação de títulos retidos, no processo de “Revisão”, dadas as
pressões feitas por OFAC (2) (mais de 1.200 milhões de dólares). O banco aliado da
Venezuela, Bank of China Frankfurt, não pôde realizar uma operação destinada ao
pagamento de compromissos com a empresa mineira Canadiense Gold Reserve por 15
milhões de dólares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">5.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Produziram-se bloqueios para o pagamento de
alimentos e outros bens básicos. Por exemplo, na terceira semana de Novembro,
foram devolvidas mais de 23 operações de pagamento de 39 milhões de dólares em
alimentos porque os bancos intermediários dos fornecedores não queriam aceitar recursos
provenientes da Venezuela. Situações parecidas ocorreram nas compras de Natal,
medicamentos (insulina, fármacos contra a malária e paludismo), sementes,
transporte de desportistas venezuelanos (o banco Wells Fargo impediu a
operação), comunicação (o banco holandês Rabobank recusou o pagamento para a
imperatividade da TeleSur, alegando que o ordenante se encontrava sancionado
pela OFAC).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;">6.<span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->A evolução da taxa de câmbio ilegal “paralela”
não tem nenhum “paralelismo” com nenhuma variável macroeconómica. O valor desta
taxa de câmbio foi multiplicado 1.410 vezes, desde Agosto de 2014 até à
actualidade, quando a quantidade de notas e moedas se multiplicou por 43; a
quantidade de liquidez multiplicou-se por 64 e a taxa de câmbio implícita por
141. Nem sequer a ortodoxia neoclássica serve para explicar o comportamento
desta arma política de destruição económica, utilizada para induzir um aumento
desmedido da inflação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A esta lista de provas poderíamos
acrescentar todas as tentativas do Mercosur para isolar a Venezuela; as sanções
da União Europeia ou Canadá; a retirada de companhias aéreas como a Avianca ou
Aerolíneas Argentinas. Além disso, convém acrescentar a queda estrepitosa do
preço do petróleo, de 2014 a 2016 (passando o preço médio anual do barril, de
88 para 35 dólares).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Esta realidade é inegável e não
há outro país submetido a este tipo de assédio económico de alta intensidade e
persistência.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_____________________________</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
*
Doutor em Economia. Director do Centro Estratégico Latino-americano de
Geopolítica (CELAG)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(1) Petróleos de Venezuela, SA</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;">(2) Agência de controle de activos estrangeiros dos EUA</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;">O texto original encontra-se em <a href="http://blogs.publico.es/dominiopublico/24810/las-pruebas-del-crimen-economico-contra-venezuela/">http://blogs.publico.es/dominiopublico/24810/las-pruebas-del-crimen-economico-contra-venezuela/</a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
</div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-26884711639458357592017-12-02T06:59:00.000-08:002017-12-02T06:59:13.010-08:00<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Por que Fidel Castro foi tão odiado e caluniado:</span></strong></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<strong><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Discurso pronunciado no Rio de Janeiro pelo Comandante em Chefe
na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, <span style="font-size: large;">em 12
de junho de 1992</span></span><span id="more-30351" style="box-sizing: border-box;"></span></strong><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Sr.
Presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello;<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Sr.
Secretário Geral das Nações Unidas, Butros Ghali;<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Excelências:<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Uma
importante espécie biológica está em perigo de desaparecer devido à rápida,
progressiva liquidação de suas condições naturais de vida: o homem. Agora
estamos cientes deste problema, quando quase é tarde para impedi-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">É
preciso salientar que as sociedades de consumo são as principais responsáveis pela
atroz destruição do meio ambiente. Elas nasceram das antigas metrópoles
coloniais e de políticas imperiais que, por sua vez, engendraram o atraso e a
pobreza que hoje açoitam a imensa maioria da humanidade. Com apenas 20% da
população mundial, elas consomem dois terços dos metais e três quartos da energia que é produzida no mundo. Envenenaram mares e rios,
contaminaram o ar, enfraqueceram e perfuraram a camada de ozono, saturaram a
atmosfera de gases que alteram as condições climáticas com efeitos
catastróficos que já começamos a padecer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">As
florestas desaparecem, os desertos estendem-se, biliões de toneladas de terra
fértil vão parar ao mar cada ano. Numerosas espécies extinguem-se. A pressão
populacional e a pobreza conduzem a esforços desesperados para ainda sobreviver
à custa da natureza. É impossível culpar disto os países do Terceiro Mundo, colónias ontem, nações exploradas e saqueadas hoje, por uma ordem económica mundial injusta.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">A
solução não pode ser impedir o desenvolvimento aos que mais o necessitam. O
real é que todo o que contribua actualmente para o subdesenvolvimento e a
pobreza constitui uma violação flagrante da ecologia. Dezenas de milhões de
homens, mulheres e crianças morrem todos os anos no Terceiro Mundo em consequência disto, mais do que em cada uma das duas guerras mundiais. O intercâmbio
desigual, o proteccionismo e a dívida externa agridem a ecologia e propiciam a
destruição do meio ambiente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Se
quisermos salvar a humanidade dessa autodestruição, teremos que fazer uma
melhor distribuição das riquezas e das tecnologias disponíveis no planeta.
Menos luxo e menos esbanjamento nuns poucos países para que haja menos pobreza
e menos fome em grande parte da Terra. Não mais transferências ao Terceiro
Mundo de estilos de vida e de hábitos de consumo que arruínam o meio ambiente.
Faça-se mais racional a vida humana. Aplique-se uma ordem económica internacional justa. Utilize-se toda a ciência necessária para um
desenvolvimento sustentável sem contaminação. Pague-se a dívida ecológica e não
a dívida externa. Desapareça a fome e não o homem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Quando
as supostas ameaças do comunismo têm desaparecido e já não há pretextos para
guerras frias, corridas armamentistas e gastos </span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">militares,
o que é o que impede dedicar de imediato esses recursos na promoção do
desenvolvimento do Terceiro Mundo e combater a ameaça de destruição ecológica
do planeta?</span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Cessem
os egoísmos, cessem as hegemonias, cessem a insensibilidade, a
irresponsabilidade e o engano. Amanhã será tarde demais para fazer aquilo que
devíamos ter feito há muito tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Obrigado, </span></div>
<div style="background: white; box-sizing: border-box; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;">Fidel Castro.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-331655053365798282017-10-28T09:27:00.000-07:002017-10-28T09:27:09.872-07:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Como seria de esperar, a maioria dos meios de comunicação
portugueses, sempre tão atentos ao que se passa na Venezuela, não se referiu às
eleições para governadores realizadas há pouco mais de uma semana. Não lhes
interessa: foram validadas por todos os observadores internacionais e, dos 23
lugares, 18 foram conquistados pelos chavistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">O regime bolivariano tem o apoio da maioria do povo
venezuelano, mas é a oposição violenta quem conta com os favores dos “média” e
do governo português: ontem, a RTP deu destaque, não ao facto de 4 dos 5
governadores da oposição terem aceitado o cargo perante a Assembleia Constituinte,
mas à falta de medicamentos nas farmácias, fazendo coro com aqueles que
perderam as eleições e o governo português declarou, pela boca do sô Silva,
Ministro dos Negócios Estrangeiros, que apoia e aplaude as sanções contra o
governo de Nicolás Maduro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">Que tudo isto aconteça não é de estranhar. De estranhar, sim,
é o facto de quem se diz de esquerda, por ex., o BE ou próximos dele, acusar
Maduro de “ditador” e o regime bolivariano de “ditadura”. Apenas duas
explicações ocorrem: ou se informam unicamente pela imprensa da paróquia –
nacional e internacional – ou democracia, para eles, resume-se a esta que
conhecemos, a representativa, representativa dos que têm e sempre tiveram o
poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">O texto que se segue, traduzido do original, põe em
evidência, através da comparação entre o que se passa na Catalunha e na
Venezuela, as mentiras difundidas por quem, de uma forma ou outra, não está
interessado numa verdadeira democracia – a democracia participativa.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%;">SEMELHANÇAS E
DIFERENÇAS ENTRE ESPANHA E VENEZUELA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b>Por Pascual Serrano*<o:p></o:p></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O desenrolar dos acontecimentos na Catalunha está a gerar
muitas discussões acerca da licitude, legitimidade ou legalidade de alguns
actos tanto do governo catalão como do espanhol. Debate-se, por exemplo, se o
governo espanhol actua de forma unilateral ou fá-lo com o aval dos juízes ou
tribunais. Debate-se, também, se certas acções consideradas ilegais pelos
juízes têm legitimidade quando são apoiadas por centenas de milhar de pessoas
na rua. Tudo isso, como não podia deixar de ser, peneirado pelos meios de
comunicação, que são o filtro com que desde há muito os cidadãos vêem a
realidade. Estes elementos levam-me a ter em conta algumas semelhanças com a
Venezuela, que vale a pena analisar, para, entre outras coisas, pôr em
evidência o duplo critério de muitos. Contudo, existem alguns elementos
diferentes que também devemos ter em conta. Vejamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Reivindicações e
manifestações<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Semelhanças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tanto na Venezuela como na Catalunha, milhares de
manifestantes saíram à rua com exigências que não se ajustavam às legislações
vigentes, nem contavam com apoio legislativo suficiente nos órgãos competentes.
Na Venezuela, pediam a demissão do presidente e a suspensão da eleição da
Assembleia Constituinte (convocada por Maduro com o aval da Constituição).
Nenhuma dessas duas reivindicações contava com apoio legal. Na Catalunha, pedem
que seja vinculante o referendo de 1 de Outubro, o qual tão-pouco se ajusta à
legalidade espanhola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Muitas das vozes que destacavam os milhares de manifestantes
opositores na Venezuela e a necessidade de o governo Maduro negociar ou aceitar
essas exigências, quando se trata de Espanha limitam-se a recordar a legalidade
e a exigir aos manifestantes e políticos independentistas que abandonem a
ilegalidade e aceitem a ordem constitucional. Esse era precisamente o argumento
esgrimido pelos defensores do chavismo: a oposição não tinha ganhado as
eleições presidenciais, pelo que deviam aceitar o presidente eleito, assim como
as decisões que havia tomado no quadro das suas competências legais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Diferenças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Enquanto as manifestações catalãs sempre foram pacíficas, as
venezuelanas eram extremamente violentas. Na Venezuela, os opositores assassinaram
a tiro candidatos partidários do governo, queimaram vivos vários cidadãos
chavistas e, num mesmo dia, ficaram feridos por arma de fogo 21 polícias.
Apesar disso, os governantes espanhóis e a maioria dos meios de comunicação
qualificavam o governo venezuelano de ditadura violenta e apoiavam a oposição.
Em contrapartida, quando se tratava da Catalunha, defendiam a legalidade do
governo espanhol, minimizando a violência vivida nas ruas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Referendo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Semelhanças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tanto na Venezuela como na Catalunha celebraram-se dois
referendos desautorizados pelos governos do país e legalmente não vinculantes.
O da Venezuela foi a 16 de Julho e convocava-o a oposição para exigir a
suspensão das eleições para uma Assembleia Constituinte, anunciadas pelo
presidente Nicolás Maduro. Esse referendo não tinha aval na legislação
venezuelana, nem contou com garantias democráticas, nem reconhecimento
internacional. Apesar disso, foi qualificado pela maioria da imprensa espanhola
de “histórica votação na consulta eleitoral” que “demonstrava o músculo da
oposição”. O mesmo sucede com o referendo de 1 de Outubro, que não tinha
inserção vinculante na legislação espanhola, nem contou com garantias
democráticas, nem reconhecimento internacional. Por isso, a maioria dos meios
de comunicação sempre acrescentaram o qualificativo de “ilegal” quando falavam
do referendo, algo que não tinham feito com o da Venezuela, pois a maior
crítica que lhe fizeram foi chamar-lhe “não oficial”. E, evidentemente, não
qualificavam o referendo catalão de histórica votação ou músculo
independentista, mas, pelo contrário, insistiam em que o resultado não era
rigoroso nem fiável, nem permitia falar em nome da maioria do povo da
Catalunha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Diferenças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Enquanto o referendo catalão se desenrolou com cargas
policiais, detenções e centenas de feridos, na Venezuela as autoridades
permitiram a votação e não houve nenhum tipo de repressão policial contra os
votantes, que puderam participar sem qualquer problema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Detenções<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Semelhanças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Tanto na Venezuela como na Catalunha alguns líderes acabaram
na prisão. Em ambos os casos não foi o governo que os encarcerou, mas os
juízes. Portanto, não é lícito que a quase unanimidade mediática afirme que
Maduro mete na prisão políticos opositores, ignorando que se tratava de uma
decisão judicial e, insista, agora em que os líderes catalães de Omnium e ANC
foram presos por ordem judicial e não por decisão governamental. Não é, pois,
aceitável que, na Venezuela, Leopoldo López e Antonio Ledezma sejam “presos
políticos” e, em Espanha, Jordi Cuixat e Jordi Sánchez sejam “políticos
presos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Diferenças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Ainda que todos os presos sejam acusados de actuar contra a
ordem legal (sedição para uns e instigação pública para o outro), as
mobilizações que Leopoldo López agitou e liderou foram violentas, provocando a
morte de 43 pessoas, centenas de feridos e numerosos danos materiais em
infraestruturas públicas e privadas, sem que isso seja citado na imprensa
quando nos informam da sua prisão. As manifestações que Jordi Cuixat e Jordi
Sánchez lideraram não provocaram nem mortos nem feridos e os danos materiais
limitaram-se a três carros da polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sistema Judicia</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">l<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Semelhanças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em ambos os países o Procurador Geral e tribunais supremos
são eleitos com critérios políticos. No caso do Procurador Geral elegem-no os
governos. É evidente, portanto, que são correias de transmissão do governo e a
sua missão é perseguir, em nome do Estado, o que se considera delito. Daí que,
se o governo considera delito determinadas actuações, é lógico que o Procurador
inicie o procedimento penal e determine a sansão, inclusivamente a prisão. Por
isso, o Procurador Geral da Venezuela perseguia e solicitava a prisão para os
opositores que entendia terem cometido algum delito e o Procurador espanhol
fazia o mesmo contra os políticos ou líderes catalães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Diferenças:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Todavia, a maioria dos meios de comunicação espanhóis não
deixava de insistir em que a justiça venezuelana não era independente e que o
governo assumia o controle da Procuradoria, como se em Espanha fosse diferente.
Difundiram-se imagens do Procurador do caso Leopoldo López saindo da Venezuela
para se instalar nos Estados Unidos e acusar o governo de tê-lo pressionado.
Não deixava de ser a versão e a interpretação de uma só pessoa, sem mais
provas, e, inclusivamente, tornava-se ilógico ter aceitado as pressões durante
o processo e, só depois da sentença, sair do país para denunciar isso, quando teria
bastado demitir-se do cargo e não aceitar fazer parte da situação. Em
contrapartida, em Espanha, o Procurador Geral do Estado foi censurado pela
maioria dos deputados do Parlamento espanhol. PSOE, Unidos Podemos, Ciudadanos,
PNV, ERC e parte do Grupo Misto apoiaram uma moção que pedia a demissão do
Procurador Geral pela sua parcialidade e “por incumprimento grave e reiterado
das suas funções”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Vejo-me na necessidade de esclarecer que não estou a tomar
partido sobre a questão catalã, que não é objecto desta análise, e só me limito
a expor duas situações e comprovar que, efectivamente, as comparações podem ser
odiosas. Mas clarificadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">* Jornalista</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O original deste texto está <a href="http://blogs.publico.es/otrasmiradas/11332/similitudes-y-diferencias-entre-espana-y-venezuela/">aqui</a></span></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-46717984612544071672017-10-07T13:24:00.000-07:002017-10-07T13:24:01.214-07:00<div align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 16.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Brancos, ricos e perigosos<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> Por António Santos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600"
o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f"
stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75"
alt="Image 23752" style='width:266.25pt;height:166.5pt;visibility:visible;
mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Maria/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg"
o:title="Image 23752"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br />
<br />
<i style="text-align: start;"><a href="http://avante.pt/pt/2288/internacional/147075/"></a></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;">
<a href="http://avante.pt/pt/2288/internacional/147075/"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4W9H4cv5v26wat4zC1PvY2ibq_Mi8rl3fjfjy9X_eocSZ7CzbU0pPmlCgdjiy8ifLBJSpkcXS4fU6WdUc_y__IQkdSW23_KGvNFESrU35xvs2KiXg133cmUmFUcP_5WrRKD5WGqTe90/s1600/armas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="222" data-original-width="355" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ4W9H4cv5v26wat4zC1PvY2ibq_Mi8rl3fjfjy9X_eocSZ7CzbU0pPmlCgdjiy8ifLBJSpkcXS4fU6WdUc_y__IQkdSW23_KGvNFESrU35xvs2KiXg133cmUmFUcP_5WrRKD5WGqTe90/s320/armas.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Em
jargão policial estado-unidense, «não há nada que permita ligar este tiroteio
ao terrorismo» quer apenas dizer «não há provas de que o atirador fosse
muçulmano». Arrumações casuísticas à parte, o ataque indiscriminado que este
domingo fez 59 mortos e cinco centenas de feridos num concerto em Las Vegas
entra para a tétrica contabilidade dos tiroteios americanos como um dos mais
mortíferos da história moderna dos EUA, somente atrás do massacre de nativos em
Wounded Knee (quase 300 mortos) e da repressão dos mineiros em greve de Blair
(cerca de 100 mortos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">E,
estranhamente, o que nesta chacina inspira terror é justamente o que, para a
Casa Branca, exclui a classificação de terrorismo: a inquietante possibilidade
de Stephen Paddock, um discreto milionário de 64 anos, ter acordado um dia e
decidido fazer chover milhares de balas sobre uma multidão de desconhecidos. Só
porque sim. Como James Holmes, o brilhante estudante de neurociências, numa
sala de cinema, ou Adam Lanza, o tímido jovem de um subúrbio rico, numa escola
primária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não,
não estamos a falar de um ou dois «loucos» nem de, como se lhes convencionou
chamar, «lobos solitários». O Congresso dos EUA define um «tiroteio em massa» como
um ataque com arma de fogo contra pelo menos quatro pessoas seleccionadas
aleatoriamente. Nos EUA houve 1515 ataques deste tipo nos últimos 1735 dias. Só
em 2016, foram 383 tiroteios, mais do que um por dia, contra vítimas
aleatórias, fazendo mais de 15 mil mortos num só ano. No que já vai de 2017, as
estatísticas não são menos sombrias: 273 tiroteios em massa, quase todos sem
razão aparente e levados a cabo por «lobos solitários». A questão é que 275
«lobos solitários» são uma alcateia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Alcateia de humanos solitários</span></b><span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Segundo
o <i>site</i> de informação Mother Jones, mais de metade dos autores
dos tiroteios em massa encaixa-se numa estreita cofragem demográfica: homens,
brancos e com rendimentos acima da média. Deveria Trump proibir a entrada nos
EUA, à guisa do que tem feito com algumas nacionalidades, das pessoas que se
encaixem neste molde? É claro que não. E ainda assim, este é um elemento
central para um debate urgente sobre a saúde pública, o uso e porte de armas, a
decadência cultural do capitalismo e a guerra imperialista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Nos
EUA, a guerra imperialista é uma constante ininterrupta há mais de 70 anos.
Todas as gerações de estado-unidenses vivos têm uma relação pessoal ou familiar
com a invasão e ocupação de outros países do mundo. Vietname, Coreia, Colômbia,
Iraque, Afeganistão… a lista é infinitamente traumática e faz-se ao som de
bombas, tiros, gritos e choros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O
preço psicológico da participação, prolongada e massiva, da sociedade
estado-unidense neste dilatado crime de guerra foi uma patologia social, como
que um «stress pós-traumático em massa» cujos sintomas mais visíveis são o
culto da violência e a insensibilidade perante o sofrimento alheio. Juntemos a
completa ausência de cuidados de saúde mental, 89 armas por cada 100 habitantes
e a mais alta taxa de homicídios da OCDE e temos um explosivo nas mãos. O
rastilho é o individualismo patológico: a ideia de que são ricos todos os que
trabalharam para merecê-lo ou são suficientemente inteligentes e que, do outro
lado do espelho, os pobres merecem o desprezo dos ricos e o ódio de si
próprios. Quem atomiza uma sociedade, desligando o indivíduo do colectivo, faz
do ser humano um «lobo solitário». E de um país uma alcateia inteira.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i>Este artigo foi publicado <a href="http://avante.pt/pt/2288/internacional/147075/">aqui</a></i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><a href="http://avante.pt/pt/2288/internacional/147075/"><br /></a></i></div>
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-37560063531531974762017-09-29T02:04:00.000-07:002017-09-29T02:16:58.028-07:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sabe-se que Trump ganhou as eleições com menos 3 milhões de
votos que a sua adversária e que já antes, Bush filho havia chegado à
presidência através de fraude eleitoral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sabe-se que os candidatos finais às eleições americanas só o
são se financiados pelos milhões e milhões de dólares da indústria do
armamento, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Sabe-se menos, ou é de todo desconhecido, o que o Ministro
dos Negócios Estrangeiros da Venezuela denunciou, perante a Assembleia Geral da
ONU, em resposta às ameaças de intervenção militar e sanções ao seu país, e a
muitos outros, feitas ilegalmente por Trump, violando a Carta das Nações
Unidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/WzjN4vKoO_4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/WzjN4vKoO_4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vídeo a partir do minuto 7:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>Os EUA são o principal violador dos Direitos Humanos, não só no
próprio país mas em todo o mundo:<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- guerras injustificadas;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- bombardeamentos sobre população civil;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- prisões clandestinas com aplicação de métodos de tortura;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- imposição de medidas unilaterais e ilegais contra economias
de vários países;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- único país que utilizou armas nucleares contra outro povo;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- liderou a invasão do Iraque em 2003, vulnerando a Carta das
ONU, sob mentiras, provocando 1 milhão de mortos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- não ratificou 62% dos principais tratados sobre Direitos
Humanos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- não existem, nos EUA, instituições independentes para a
defesa e promoção dos Direitos Humanos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- relatório da ONU sobre execuções extrajudiciais e
arbitrárias denuncia falta de independência do poder judicial;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- confinamento solitário é prática estendida;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- 3,5 milhões de estado-unidenses não têm casa, dos quais 1,5
são crianças;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- 28% dos pobres não têm qualquer protecção na doença;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- taxa de mortalidade materna aumentou vertiginosamente nos
últimos anos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- 10 mil crianças estão detidas em prisões para adultos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- as crianças podem ser condenadas a prisão prepétua. 70%
destas crianças são afro-americanas;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- o relatório especial da ONU para a Educação denunciou o uso
de descargas eléctricas como meio físico de coerção em centros educativos;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- EUA é um dos 7 países que não ratificaram a Convenção para
a Eliminação e Discriminação contra a Mulher;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- a licença remunerada por maternidade não é obrigatória;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- mais de 10 milhões de afro-americanos vivem na pobreza e
metade deles em situação de miséria;<o:p></o:p></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><i><b>- a 13ª Emenda admite a escravatura como modalidade de
condenação penal</b></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-26275455317553197642017-09-28T10:34:00.002-07:002017-09-28T10:51:23.497-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Nhak9bEyjwA/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/Nhak9bEyjwA?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: large;">Vítor Jara nasceu a 28 de Setembro de 1932. Lembramo-lo hoje e sempre!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-52348380965543382652017-09-20T11:11:00.000-07:002017-09-20T11:11:38.485-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os eurodeputados da Esquerda Unida Europeia organizou uma exposição de desenhos para comemorar os 60 anos da UE.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Das 28 caricaturas seleccionadas, o Parlamento Europeu censurou 12. Estas são algumas delas:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCli6CiptWW-g5qum_rkq3u-7ohDKvx5PbmFkhO0-lM3aYzjmbAydOFjyJ_vBsrE7Gq2bbZCGK7tIaB-wvvyuYAKE6FKlMu_9Yn2V_uCCc4QeGLQ5S7YgzQYMDJ4hGqApcVoVnQVit5n4/s1600/ue+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="660" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCli6CiptWW-g5qum_rkq3u-7ohDKvx5PbmFkhO0-lM3aYzjmbAydOFjyJ_vBsrE7Gq2bbZCGK7tIaB-wvvyuYAKE6FKlMu_9Yn2V_uCCc4QeGLQ5S7YgzQYMDJ4hGqApcVoVnQVit5n4/s320/ue+2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuHeeK16DZTovWL4SVHTjZYZ-ph6fOB6xw3wO-8X1aZd2kIGeQWoLr8gRqhip50P8tlDUyRfNfiXz0AHOqgmKZDACCc7_eqQIXjB9yQz31w4usEPNw8qw_VFlVGc9abahNiiepWtJQfDA/s1600/ue+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="660" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuHeeK16DZTovWL4SVHTjZYZ-ph6fOB6xw3wO-8X1aZd2kIGeQWoLr8gRqhip50P8tlDUyRfNfiXz0AHOqgmKZDACCc7_eqQIXjB9yQz31w4usEPNw8qw_VFlVGc9abahNiiepWtJQfDA/s320/ue+3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWsn__yiW5HrUpUnHQejSpWrtSR24-3MuPKG58b41MrSFOXUaOdQhaWoDbmMZzTun1GQc9GBKCsCRd9Lm2lli1yy_hck9RVEEOic_EncZPbQyWTfS7hgRUqA-O6v60oAtI1T6HODhrfOM/s1600/ue+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="660" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWsn__yiW5HrUpUnHQejSpWrtSR24-3MuPKG58b41MrSFOXUaOdQhaWoDbmMZzTun1GQc9GBKCsCRd9Lm2lli1yy_hck9RVEEOic_EncZPbQyWTfS7hgRUqA-O6v60oAtI1T6HODhrfOM/s320/ue+4.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUV37aoOW2W55I8ie19MzGQD2wI1PuK0I5m6hJuuKyCT0-a37uP2SoyNjZRsR2ziEKVVTUHA9f2MaewJ7E0bhp7oYfKay3-QzEvXSh52fZrBlkya1lMtjjuCDlILstbRy4tN4pEcpjlCM/s1600/UE+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUV37aoOW2W55I8ie19MzGQD2wI1PuK0I5m6hJuuKyCT0-a37uP2SoyNjZRsR2ziEKVVTUHA9f2MaewJ7E0bhp7oYfKay3-QzEvXSh52fZrBlkya1lMtjjuCDlILstbRy4tN4pEcpjlCM/s1600/UE+5.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhE6Nf1dnaYBIW7tiRE1ucaM7dAlaXubwZKYjpsNffY97TSa6JjC4P3H2Pn7kfin9gZAs45LGhy_lD1exBnp0hC4Dnww4ZsFi3gxc_v-c_8GZH_AxGgajmdrFm0Hy2CNHlyi-Mh9lJFwU/s1600/ue1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhE6Nf1dnaYBIW7tiRE1ucaM7dAlaXubwZKYjpsNffY97TSa6JjC4P3H2Pn7kfin9gZAs45LGhy_lD1exBnp0hC4Dnww4ZsFi3gxc_v-c_8GZH_AxGgajmdrFm0Hy2CNHlyi-Mh9lJFwU/s1600/ue1.jpg" /></a></div>
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-69657885396354609212017-09-10T06:41:00.000-07:002017-09-11T01:51:30.094-07:00<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt;">Liberdade de Expressão<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt;">II<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Os principais canais de televisão portugueses oferecem-nos, no
chamado horário nobre, imediatamente a seguir ao telejornal das 20 horas, os
comentários de Morais Sarmento, Marques Mendes e José Miguel Júdice, respectivamente
na RTP1, SIC e TVI.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Sabe-se que o primeiro é dirigente do PSD/PP, foi Ministro duas
vezes, uma delas com a tutela da RTP; que o segundo é Conselheiro de Estado,
foi deputado, duas vezes Secretário de Estado, duas vezes Ministro e dirigente
do PSD/PP e que o último foi dirigente do PSD.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Menos gente conhece as ligações directas destes indivíduos a
grupos económicos e financeiros e o papel que têm desempenhado no roubo ao
Estado, através das privatizações das empresas que mais lucro davam ao país, das
comissões pagas pelo seu “trabalho” de intermediários nestes negócios ou em
contratos por ajuste directo com o Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Eis exemplos, alguns retirados do livro de Gustavo Sampaio, <i><u>Os Facilitadores</u></i>, 2014:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZZNlpRzLccoTDAdDmJ42El_OpExXXxEH7NQ8Ukm4_46w5xrfsifoB7li2SeA1DMQqHOJ0pAlO00f8CaSLDB5IZ5SAEgAL-vzKU8NnGFPbPOAUaqOAF1bkZMdhhkhH8D_W_U3E8uVkszY/s1600/sarmento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="519" data-original-width="923" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZZNlpRzLccoTDAdDmJ42El_OpExXXxEH7NQ8Ukm4_46w5xrfsifoB7li2SeA1DMQqHOJ0pAlO00f8CaSLDB5IZ5SAEgAL-vzKU8NnGFPbPOAUaqOAF1bkZMdhhkhH8D_W_U3E8uVkszY/s320/sarmento.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75"
style='width:236.25pt;height:132.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Maria/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg"
o:title="sarmento"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Morais Sarmento</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> é sócio, desde 2000, da sociedade de advogados A. M. Pereira,
Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados – PLMJ.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Em 2004, Durão Barroso designa-o para gerir politicamente a
privatização da Galp Energia, ao mesmo tempo que a PLMJ assessorava
juridicamente o governo nesta privatização, recebendo 1 milhão de euros por
cada duas semanas de serviços prestados. Um ano depois do “trabalho” feito,
Morais Sarmento volta ao seu lugar na PLMJ.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Enquanto Ministro com a tutela da RTP (2004) defendeu ser
necessário “haver limites à independência” da RTP.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn9WoCgc0lVZ_37hN_FyMvxuswTfzpvdeOb-N90UYG7v3ZsWcqKeepWTr7_VFHvM-Vm45MLBxwIP96Q5ESN3AiILSk-91vqhNdD1igr7A7vFjJetqIFnHgkaG3b1m9-sqn_2LZ7jkfNnw/s1600/Marques+Mendes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn9WoCgc0lVZ_37hN_FyMvxuswTfzpvdeOb-N90UYG7v3ZsWcqKeepWTr7_VFHvM-Vm45MLBxwIP96Q5ESN3AiILSk-91vqhNdD1igr7A7vFjJetqIFnHgkaG3b1m9-sqn_2LZ7jkfNnw/s1600/Marques+Mendes.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_5"
o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" style='width:123.75pt;height:139.5pt;
visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Maria/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.jpg"
o:title="Marques Mendes"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Marques Mendes</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> foi presidente da assembleia-geral da Sartorial (Sociedade
Financeira de Corretagem, cuja licença foi revogada pelo Banco de Portugal, em
2015). Em 20 / 1 / 2014, o Jornal de Notícias informava que “O Fisco detectou
vendas ilegais de acções da Isohidra feitas por Marques Mendes, em 2010 e 2011,
e que terão lesado o Estado em 773 mil euros”. Interrogado pelo jornal, Marques
Mendes declarou “falta de memória sobre o assunto”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">De 2007 a 2011 foi administrador executivo da Nutroton Energias.
Em 19/11/2010 esta empresa obtém um contrato por ajuste directo com a GNR, por
4.465,25 euros e com a Administração Regional do Centro, por 12.300 euros. Em
Janeiro de 2010 a Nutroton Energias comprou 50% da Floponor, que até nunca
havia tido contratos com o Estado. A partir desta altura, celebrou 18 contratos
por ajuste directo no valor de 11.966.572,73 euros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMtb1z8ZLMs3VpytM5z8kkPfAf1K0UTC0hTDVKbtxkedmy5mlkRYTQ_s6tPHemchhO-1tIcbqZ1Qp_Cmu0lF4U7LRkMOERXgThkmHM5GahdaUV5XcnS64FTXmKaYaoMswKMXgVKvALrK0/s1600/J%25C3%25BAdice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMtb1z8ZLMs3VpytM5z8kkPfAf1K0UTC0hTDVKbtxkedmy5mlkRYTQ_s6tPHemchhO-1tIcbqZ1Qp_Cmu0lF4U7LRkMOERXgThkmHM5GahdaUV5XcnS64FTXmKaYaoMswKMXgVKvALrK0/s1600/J%25C3%25BAdice.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_6"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:117.75pt;height:139.5pt;
visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Maria/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image004.jpg"
o:title="Júdice"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">José Miguel Júdice</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> foi membro do MDLP, organização terrorista que, no “verão quente”
de 1975, atacou à bomba centros de partidos de esquerda e sindicatos,
provocando mortos e feridos (Ver o livro de Miguel Carvalho, <i><u>Quando Portugal Ardeu</u></i>, 2017). <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">É membro do Conselho Estratégico do Banco Finantia, SA e sócio
fundador da PLMJ, a mesma sociedade de advogados de Morais Sarmento, que esteve
envolvida na assessoria jurídica de todas as mais importantes operações de
fusão e privatização que aconteceram em Portugal (Zon Optimus, BPN, EDP, REN,
CTT, Caixa Seguros). Esta sociedade tem como clientes algumas instituições
públicas, como a Partpública, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a
Autoridade Nacional de Comunicação (ANACOM), por ex., mas sobretudo clientes
privados – Galp Energia, Grupo Américo Amorin, Jerónimo Martins, Volkswagen
Bank, Zon Multimédia, Finibanco, Deutsche Bank, BCP, Banco BIC português, Crédit
Suisse, etc, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Na verdade, há liberdade de expressão em Portugal – a deles.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;">O texto que se segue foi publicado, neste blogue, em 10 / 7 / 2014. Tudo o que aqui é dito continua a ser verdade e a pergunta que se impõe é: Será isto uma democracia? </span></i><br />
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 28px;">DOS RATOS E NENHUM HOMEM</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><o:p></o:p></span></div>
<br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">O movimento Occupy Wall Street generalizou a ideia de que há 1% de indivíduos que vive à custa dos restantes 99%.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">É verdade que esse 1% detém, obscenamente, a maior parte da riqueza de um país. No entanto, para que isto aconteça, é necessário que haja um conjunto de capatazes que, a troco de salários milionários, zelem pela fortuna dos patrões.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">São uns 9% da população, os que exercem esta função, quer directamente nas administrações, quer em universidades, meios de comunicação ou partidos políticos, onde reproduzem e difundem a ideologia que convém ao 1% dominante.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Temos, assim, 10%, que, na maioria dos países da OCDE, acumula mais de 50% do capital. <o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Em Portugal, caso extremo desta desigualdade, 32 famílias detêm o equivalente a 11% do PIB, se se considerar apenas o valor das acções, e 150 declaram, em IRS, mais de 1 milhão de euros por ano. Segundo dados do banco suíço UBS, que englobam todas as formas de rendimento, são 817 as pessoas cuja fortuna ultrapassa os 22,4 milhões de euros, num total de 75 mil milhões, correspondendo a metade do PIB nacional ou ao resgate financeiro da Troika. Este mesmo banco registou, em 2013 (ano de grande empobrecimento da maioria da população), mais 85 indivíduos que passaram a pertencer àquele grupo, assim como o aumento das fortunas já existentes.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Estes correspondem ao 1%. Têm nomes e apelidos, alguns sobejamente conhecidos, como Soares dos Santos, que, descaradamente, não paga quase um cêntimo de impostos em Portugal, ou Pinto Balsemão, o patrão dos meios de comunicação que divulgam as mentiras formatadoras da opinião pública. A lista completa, respectivas fortunas e empresas de que são accionistas podem ser consultadas na obra de Francisco Louçã, João Teixeira Lopes e Jorge Costa, <i>OS BURGUESES</i>, Bertrand Ed, 2014, de onde retirei a maior parte da informação apresentada neste artigo. O estudo de Eugénio Rosa <i>OS GRUPOS ECONÓMICOS E O DESENVOLVIMENTO EM PORTUGAL NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO</i>, Lisboa, 2013, que os autores anteriores citam, tem, igualmente, enorme interesse para perceber como aquelas fortunas foram perpetuadas, umas, e conseguidas, outras, com os diferentes governos constitucionais da chamada democracia, que sempre estiveram ao seu serviço e apenas ao seu serviço.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">E é aqui que se encontra o verdadeiro problema - no governo e aparelho de Estado ao mais alto nível -, onde encontramos uma boa parte dos tais 9%, que decidem das políticas a adoptar, invariavelmente a favor daqueles a quem servem – o 1% que lhes paga bem, para que lhes defendam os interesses, contra a maioria do país.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Vale a pena dar alguns dados para se ver melhor como funciona esta promiscuidade entre os políticos, que se erigiram em casta, e o grande capital.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Entre 776 ministros e secretários de Estado (296 do PSD, 295 do PS, 54 do CDS), dos governos constitucionais que já tivemos, 90% passaram, logo a seguir, para as grandes empresas, sobretudo como administradores:<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- 170 para os grandes grupos empresariais;<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">- 100 para o BCP, EDP e PT:<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- 140 para as empresas do PSI20 (as 20 maiores empresas, cotadas em Bolsa)<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">- 107 para as empresas com contratos de Parceria Público-Privada (PPP). Aqui é de realçar dois casos dos mais escandalosos: Joaquim Ferreira do Amaral (PSD), responsável, enquanto ministro, pela PPP com a Lusoponte (ponte Vasco da Gama), veio a presidir este consórcio. Sérgio Monteiro, actual secretário de Estado, escolhido por Passos Coelho para, além de destruir o serviço de transportes públicos e privatizar os que dão lucro, ser o responsável da negociação das PPP’s, de que foi co-autor como representante da Caixa Geral de Depósitos.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- 7 em 18 ministros das Obras Públicas ou Equipamento Social foram, depois, para empresas destes sectores. Os outros seguiram diferentes vias, como António Mexia (PSD) para a EDP ou Mário Lino (PS) para a presidência do Conselho Fiscal dos Seguros da CGD. Um caso ilucidativo é o de Jorge Coelho, antes, funcionário da Carris e, depois, com o que aprendeu em construção civil no governo de Guterres, passou para a Mota-Engil.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">- 14 ministros das Finanças, dos 18 governos constitucionais, prosseguiram ou fizeram carreira na banca privada ou em instituições financeiras (7 em 8 do PSD, 5 em 7 do PS, 1 em 2 do CDS). Do governo de Passos Coelho, temos já Vítor Gaspar no FMI. O ministro das Finanças do 1º governo constitucional, Medina Carreira, o impoluto, foi quem inaugurou a dança, entrando para o Crédito Predial Português e Banco Português de Gestão.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Há, certamente, a lastimar alguns secretários de Estado, pois apenas 43% deles tiveram oportunidade de entrar para os grandes grupos, empresas do PSI20 ou com PPP’s, contra 61% dos ministros. Sempre é melhor ser ministro!<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">E, para muitos, a passagem pelo governo foi o início de uma bela e lucrativa carreira, que, diga-se, havia sido construída, com muito suor, nas fileiras dos respectivos partidos. Assim, temos:<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- 187, 1 em cada 4 indivíduos que passaram pelo governo, ganharam, pela primeira vez na vida, o título de administrador ou de empresário.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Um dos tirocínios por que estes videirinhos passam é o de deputado da Assembleia da República. Veja-se o caso mais recente de Mota Pinto, do PSD, transferido directamente para o Banco Espírito Santo. E, no Parlamento, o conflito de interesses, eufemismo de máfia, ultrapassa o que um mínimo de decência exigiria. Segundo dados de 2013:<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- 49 deputados (PS, PSD, CDS) estão em órgãos sociais de empresas e 70 detêm participações de capital.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">- 4 são elementos da Comissão de Saúde e, ao mesmo tempo, são parte interessada neste sector, como administradores de empresas de análises clínicas e de diagnóstico, directores e gerentes de empresas médicas, administradores de empresas com contratos de PPP com hospitais públicos ou consultores de uma empresa detida a 49,7% pela Associação Nacional de Farmácias. (Não é de estranhar que um destes fulanos, um tal Menezes, filho do pai, cuspa peçonha quando confrontado).<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Não é de admirar, também, que Teresa Anjinho (CDS) e Sérgio Azevedo (PSD), accionistas de várias empresas, tenham sido os porta-vozes da maioria parlamentar no chumbo à proposta destas incompatibilidades. <o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Apenas mais dois casos exemplificativos de como estamos a ser governados por uma máfia, agora mais evidente que nunca:<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">- Adolfo Mesquita Nunes, antes de entrar para o governo, integrava a comissão parlamentar a monitorizar o programa da Troika que, como todos sabemos, exige a privatização das empresas património do Estado, como a EDP ou a REN. Pois este indivíduo era consultor do escritório de advogados que, com honorários elevadíssimos, pagos por todos nós, assessorou a passagem daquelas empresas para mãos privadas.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">- Eis um nome de que se tem falado mais, nestes últimos dias – João Moreira Rato, indigitado para a “nova” administração do BES, a fim de tentar disfarçar o roubo cometido no grupo Espírito Santo. Nomeado por Vítor Gaspar para a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, decidiu, na última semana, vender dívida pública em dólares (em vez de euros), o que tornará mais difícil, num futuro, qualquer renegociação dessa dívida. Este Rato, conselheiro privilegiado do Coelho, tem um currículo assinalável: depois de uma graduação em Finanças no berço dos Chicago Boys, a universidade de Chicago de Milton Friedman (o pai do ultraliberalismo e conselheiro de Pinochet), foi director executivo da Morgan Stanley, com a responsabilidade de soluções de mercado para a Península Ibérica, sem desgostar, certamente, o patrão. Ganhou experiência, depois, na área dos produtos financeiros “derivados” (mais conhecidos como tóxicos), no Lehman Brothers, o tal que despoletou a crise financeira a nível mundial, e no Goldman Sachs, o principal causador da crise grega, que continua a colocar os seus funcionários nos postos chave, como o de presidente do Banco Central Europeu. Por fim, este Rato, já bem conhecedor dos meandros da especulação, abre, em Portugal, a<i>Nau Capital</i>, uma gestora de <i>hedge funds</i> (fundos de investimento especulativos sobre divisas, matérias-primas, etc., nada regulamentados e normalmente sedeados em paraísos fiscais) em parceria com... o grupo Espírito Santo.<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px; text-align: start;">Estamos, assim, a sofrer os crimes de uma máfia, composta por um grupo de padrinhos (1%), acolitado por 9% de esganados, capazes de destruir a vida de milhões de pessoas e vender ao desbarato um país inteiro.<o:p></o:p></span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: start;" /><br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm 0cm 1em; text-align: start;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Talvez, um dia...<o:p></o:p></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> <o:p></o:p></span></i></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-63085875461692454342017-09-09T06:37:00.000-07:002017-09-09T06:37:04.006-07:00<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 20pt;">Liberdade
de expressão<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-size: 20pt;">I</span></b></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Quem vai seguindo os telejornais portugueses reparou, certamente,
que a Venezuela deixou de ser notícia desde que Lilian Tintori foi apanhada com
200 milhões de bolívares, em notas, no seu carro. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Não transmitiram, sequer, as explicações da senhora:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxZlLGEXI5caZsgj1OdejBHD6EdEqkmlHMigpDCHC6I_xc8yqkfCWgdlJwnnM7D8kyDkQk2lJJtTNGekdwZgjzU9SVARxirN9Z4umJZ70F-yonoITSaMQYvWaPiLj7DfRvtqjaW6h150/s1600/Tintori.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="522" data-original-width="1200" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidxZlLGEXI5caZsgj1OdejBHD6EdEqkmlHMigpDCHC6I_xc8yqkfCWgdlJwnnM7D8kyDkQk2lJJtTNGekdwZgjzU9SVARxirN9Z4umJZ70F-yonoITSaMQYvWaPiLj7DfRvtqjaW6h150/s400/Tintori.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Primeiro, os 200 milhões seriam para pagar as despesas da
“avozinha”, depois, porque não a deixavam abrir uma conta bancária e, por fim,
o advogado afirma que o dinheiro se destinava a crianças pobres. Alguém estará
a mentir…<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Rubert Murdoch, o magnata dos meios de comunicação, disse, uma
vez: “Nunca perderás dinheiro se menosprezares a inteligência do público”. Ora,
este menosprezo não é feito apenas com mentiras ou meias-verdades, mas muito
com ocultações.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Não é por acaso que algumas vozes se têm levantado no sentido de
censurar as “redes sociais”. Se é verdade que aí muito lixo é vertido, também é
verdade que só aí podemos encontrar informação honesta. E a censura proposta
não visa, certamente, os tweets de Trump, mas, sim, de uma TeleSur tv ou de
todos aqueles que denunciam, com fotos, vídeos, factos que os meios de
comunicação dominantes escondem. Exemplo: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uDm_PJxyW_E">esta reportagem</a> da TeleSur </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">mostra como uma jornalista do Canal 1 da Colômbia,
comprou, por 8 milhões de pesos (2.800 dólares) Edgar
Sevilla, ex-funcionário do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN), para fazer declarações contra
a realidade Venezuela.<o:p></o:p></span></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-26568987177190747432017-09-03T13:41:00.002-07:002017-09-04T03:59:42.440-07:00<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Na Venezuela não se pode roubar impunemente como em Portugal</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<img alt="La policía científica venezolana halló cuatro cajas de madera con 60.000 dólares en carro vinculado a Tintori. " src="https://www.telesurtv.net/__export/1504304702123/sites/telesur/img/multimedia/2017/09/01/tintori.jpg_1718483347.jpg" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Se cada venezuelano só pode levantar, por dia, 20 mil bolívares, como é que a mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori, tinha escondidos, em 4 caixas de madeira, mais de 200 milhões? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Apanhada em flagrante, explicou que esse dinheiro estava destinado "a pagar despesas familiares urgentes", como "as da avozinha, de 100 anos, hospitalizada há poucos dias". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">O caso foi entregue aos tribunais, onde terão de responder, também, os responsáveis do(s) banco(s) que lhe entregaram o dinheiro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Em Portugal, que é uma "democracia", aqueles que desfalcaram a Caixa Geral de Depósitos (só um exemplo) não são sequer beliscados. Mas estamos nós a pagar o que eles roubaram: além dos 2.500 milhões injectados pelo governo, do aumento e introdução de comissões, fecho de balcões e despedimento de trabalhadores, o administrador Paulo Macedo declarou <a href="http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/paulo-macedo-se-a-cgd-nao-der-lucro-tem-que-pedir-mais-dinheiro-aos-contribuintes-">aqui</a> que "Se a CGD não der lucro tem que pedir mais dinheiro aos contribuintes". Este senhor, depois de ter destruído grande parte do Serviço Nacional de Saúde, tem como prémio 30 mil euros por mês para silenciar os roubos e preparar a privatização da Caixa (que será outro roubo, se permitirmos)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Mas, a Venezuela é que é uma "ditadura"!</span></div>
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-66682080372903292952017-08-29T09:11:00.000-07:002017-08-29T09:11:37.567-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Governo português
cúmplice da agressão à Venezuela<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O Sr. Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros, declarou que
Portugal não reconhece a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela. Este
facto, além de ser uma ingerência nos assuntos internos de outro país, violando
a Carta das Nações Unidas, mostra a vassalagem do governo português aos EUA e
neo-colonialistas europeus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Trump ameaçou, primeiro, com uma intervenção militar. Recuou
quando todos os países da América Latina (excepção para o Macri da Argentina)
lhe disseram que não seria procedente, visto poder levantar todos os povos
daquele continente. Avançou, então, com sanções financeiras, que irão afectar,
sobretudo, o povo venezuelano. Quer a intervenção militar, quer estas sanções,
têm sido pedidas pela extrema-direita venezuelana, de modo a agravar as
dificuldades provocadas já pelas suas acções de violência e sabotagem
económica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A última desculpa para esta guerra aberta contra a Venezuela
é a Assembleia Nacional Constituinte (ainda não se chegou às “armas de
destruição maciça”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Não deve ser por ignorar o que diz a Constituição venezuelana
que o governo português, com tantos problemas para resolver, se imiscue nos
assuntos de um país, que deveria considerar irmão, conhecendo a senha que se
abateu sobre Portugal com a direita assumida ou encapotada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Constituição da
República Bolivariana da Venezuela</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">, capítulo III:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #484848; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Artigo 347. O povo da Venezuela é o
depositário do poder constituinte originário. No exercício de tal poder, pode
convocar uma Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de transformar o
Estado, criar um novo ordenamento jurídico e redigir uma nova Constituição.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #484848; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Artigo 348. A iniciativa de convocar a
Assembleia Nacional Constituinte poderá tê-la o Presidente ou Presidenta da
República no Conselho de Ministros; a Assembleia Nacional, mediante acordo de
dois terços de seus integrantes; os Conselhos Municipais em cabildos, mediante
o voto de dois terços dos mesmos; e 15% dos eleitores inscritos e eleitoras no
registro eleitoral.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #484848; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Artigo 349. O Presidente ou Presidenta da
República não poderá contestar a nova Constituição.</span></b><span style="color: #484848; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><br />
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Os poderes constituídos não poderão de forma alguma impedir as
decisões da Assembleia Constituinte. Para efeitos da promulgação da
nova Constituição, esta se publicará na Gazeta Oficial da República de
Venezuela ou na Gazeta da Assembleia Constituinte.<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: #484848; font-family: "Verdana",sans-serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Artículo 350. O povo da Venezuela, fiel à
sua tradição republicana, à sua luta pela independência, pela paz e pela
liberdade, desconhecerá qualquer regime, legislação ou autoridade que contrarie
os valores, princípios e garantias democráticas ou menospreze os direitos
humanos.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-1501678190567932982017-08-27T06:32:00.002-07:002017-08-27T06:43:15.500-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Marta Gómez escreveu a letra e destacados artistas venezuelanos uniram as suas vozes para repudiar as ameaças imperialistas contra a Venezuela. Veja <a href="https://www.youtube.com/watch?v=AXpohk2RoSQ">aqui</a>.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Para la guerra nada</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 177.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 177.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">Para el viento,
una cometa*<br />
Para el lienzo*, un pincel<br />
Para la siesta, una hamaca*<br />
Para el alma, un pastel<br />
Para el silencio una palabra<br />
Para la oreja, un caracol*<br />
Un columpio* pa' la infancia<br />
Y al oído un acordeón<br />
Para la guerra, nada<br />
<br />
Para el cielo, un telescopio<br />
Una escafandra, para el mar<br />
Un buen libro para el alma<br />
Una ventana pa' soñar<br />
Para el verano, una pelota*<br />
Y barquitos de papel<br />
Un buen mate* pa'l invierno<br />
Para el barco, un timonel*<br />
Para la guerra, nada<br />
<br />
Para el viento, un ringlete*<br />
Pa'l olvido*, un papel<br />
Para amarte, una cama<br />
Para el alma, un café<br />
Para abrigarte, una ruana*<br />
Y una vela pa' esperar<br />
Un trompo* para la infancia<br />
Y una cuerda pa' saltar<br />
Para la guerra, nada<br />
<br />
Para amar nuestro planeta<br />
Aire limpio y corazón<br />
Agua clara para todos<br />
Mucho verde y más color<br />
Para la tierra más semillas*<br />
Para ti, aquí estoy yo<br />
Para el mundo eternas lunas<br />
Pregonando esta canción<br />
Para la guerra, nada<br />
<br />
(Para el sol, un caleidoscopio<br />
Un poema para el mar<br />
Para el fuego, una guitarra<br />
Y tu voz para cantar<br />
Para el verano bicicletas<br />
Y burbujas de jabón*<br />
Un abrazo pa' la risa<br />
Para la vida, una canción<br />
Para la guerra, nada)<br />
<br />
Para el cielo un arcoíris<br />
Para el bosque un ruiseñor*<br />
(Para la guerra nada)<br />
Para el campo una amapola*<br />
Para el mar un arrebol<br />
(Para la guerra nada)<br />
Para la brisa una pluma*<br />
Para el llanto* una canción<br />
(Para la guerra nada)<br />
Para el insomnio la Luna<br />
Para calentarse el Sol<br />
(Para la guerra nada)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
__________________________________<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
*<b>Glossário:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
amapola – papoila<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
burbujas de jabón – bolas de sabão<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
caracol – búzio<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
columpio – baloiço<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
cometa- papagaio (brinquedo de papel)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
hamaca – cama de rede<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
lienzo – tela (pintura)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
llanto - choro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
mate – bebida<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
olvido – esquecimento<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
pelota – bola<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
pluma – pena<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
ringlete – moinho de papel<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">ruana – capote<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">ruiseñor –
rouxinol<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="ES">semillas –
sementes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
timonel – timoneiro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
trompo – pião<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-19203751719651973172017-08-21T10:39:00.000-07:002017-08-21T10:50:52.541-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O assessor de segurança do presidente
Jimmy Carter : “Eu criei o terrorismo jihadista e não me arrependo!”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 283.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por<b> Nazanín
Armanian *<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Que é mais importante para a história do mundo? O Talibã
ou o colapso do império soviético?” É a resposta de quem foi o assessor de
segurança do presidente Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski, à pergunta da
revista francesa <i>Le Nouvel Observateur</i>,
de 21 de Janeiro de 1998, sobre as atrocidades que cometem os jihadistas de
Al-Qaeda. Uma arrepiante falta de ética de indivíduos como ele que destroem a
vida de milhões de pessoas para alcançar os seus objectivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta entrevista, Brzezinski confessa outra realidade: que
os jihadistas não vieram do Paquistão para libertar a sua pátria dos ocupantes
infiéis soviéticos, mas que seis meses antes da entrada do exército vermelho no
Afeganistão, os EUA puseram em marcha a Operação Ciclone a 3 de Julho de 1979,
enviando 30.000 mercenários armados, inclusivamente com mísseis Tomahawk, para
o Afeganistão, com o intuito de arrasar o país, difundir o terror, derrubar o
governo marxista do Doutor Nayibolá e montar uma armadilha à URSS: convertê-lo
no seu Vietname. E conseguiram. À sua passagem, violaram milhares de mulheres,
decapitaram milhares de homens e provocaram a fuga de cerca de 18 milhões de
pessoas dos seus lares, quase nada. Caos que continua até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esta foi a pedra angular em que assenta o terrorismo
“jihadista” e a que Samuel Huntington deu cobertura teórica com o seu Choque de
Civilizações. Conseguiram, assim, dividir os pobres e deserdados do Ocidente e
Oriente, fazendo com que se matassem no Afeganistão, Iraque, Jugoslávia,
Iémene, Líbia e Síria, confirmando as palavras Paul Valéry: “A guerra é um
massacre entre gentes que não se conhecem, para proveito de gentes que se
conhecem mas não se massacram.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conseguiram, pois, neutralizar a oposição de milhões de
pessoas às guerras e converter em ódio a empatia. Com o método nazi de “uma
mentira repetida mil vezes converte-se numa verdade”:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O atentado de 11 de
Setembro não o cometeram os talibãs afegãos. A CIA, em 2001, tinha implicado o
governo da Arábia Saudita no massacre. Porquê, então, os EUA invadiram e
ocuparam o Afeganistão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As armas de destruição
maciça o Iraque não as tinha. O único país do Próximo Oriente que as possui, e
de forma ilegal, é Israel e graças aos EUA e à França.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tão-pouco os EUA
necessitavam invadir o Iraque para deitar a mão ao petróleo. Demolir o Estado
iraquiano tinha vários motivos, como eliminar um potencial inimigo de Israel e
ocupar militarmente o coração do Próximo Oriente, convertendo-se em vizinho do
Irão, Arábia Saudita e Turquia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As cartas com antrax
que, nos EUA, mataram 5 pessoas, em 2001, não as enviou Saddam Husein como
jurava Colin Powell, mas Bruce Ivins, biólogo dos laboratórios militares de
Fort Derrick, Maryland, que “se suicidou” em 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ocultaram a (possível)
morte de Bin Laden, agente da CIA, até à pantomina organizada a 1 de Maio de
2011 por Obama, no assalto hollywoodesco dos SEAL a um domicílio em Abottabad,
apesar da ex-primeira ministra do Paquistão, Benazir Bhutto ter afirmado, a 2
de Novembro de 2007, que o saudita tinha sido assassinado por um possível
agente do M16 (porventura em 2002). Benazir foi assassinada quase um mês depois
desta revelação. Manter “vivo” Bin Laden durante 8 a 9 anos serviu aos EUA para
aumentar o orçamento do Pentágono (de 301 mil milhões de dólares, em 2001, para
720 mil milhões, em 2011), incrementar os contratos de armas com a Boeing,
Lockheed Martin, Raytheon, etc., e vender milhões de aparelhos de segurança e
câmaras de vídeo vigilância, montar prisões ilegais pelo mundo, legitimar e
legalizar o uso da tortura, praticar assassinatos selectivos e colectivos
(chamados “danos colaterais”) e concederem a si mesmos o direito exclusivo de
invadir e bombardear o país que desejarem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma vez testados no Afeganistão, a NATO enviou estes
“jihadistas” para a Jugoslávia com o nome de Exército de Libertação do Kosovo e
depois para a Líbia, pondo-lhes o nome de Ansar al Sharia e para a Síria onde
primeiro lhes chamou “rebeldes” e, depois, lhes deu outros cinco ou seis nomes
diferentes. Nesta corporação terrorista internacional, a CIA encarrega-se do
treino, a Arábia Saudita e o Quatar da “caixa automática”, como disse o
ministro alemão do Desenvolvimento, Gerd Mueller, e a Turquia, membro da NATO,
acolhe, treina e trata os homens do Estado Islâmico. Os mesmos países que
formam a “coligação anti-terrorista”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como é que dezenas de serviços de informação e exércitos de
cerca de 50 países, meio milhão de efectivos da NATO instalados no Iraque e no
Afeganistão, que gastaram milhares de milhões de dólares e euros na “guerra
mundial contra o terrorismo” durante 15 largos anos, não puderam acabar com uns
milhares de homens armados com espada e adaga da AL-Qaeda? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim fabricaram o
Estado Islâmico<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Síria, finais de 2013. Os <i>neocon</i> aumentam a pressão sobre o presidente Obama para enviar
tropas para a Síria e necessitam um <i>casus
belli</i>. O veto, no Conselho de Segurança, da Rússia e da China a uma
intervenção militar, ausência de uma alternativa capaz de governar o país uma
vez derrubado ou assassinado o presidente Assad, o temor a uma situação caótica
na fronteira de Israel, eram parte dos motivos de Obama a negar-se. Contudo, o
presidente e os seus generais perdem a batalha e os sectores mais belicistas do
Pentágono e da CIA, o Quatar, a Arábia Saudita, a Turquia e os meios de
comunicação afins assaltam a opinião pública com imagens de decapitações e
violações cometidas por um certo Estado Islâmico. Quando o mundo aceita que “há
que fazer algo” e não ter a autorização da ONU para atacar a Síria, o
Pentágono, bombeiro pirómano, desenha uma engenharia militar especial: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Transfere em Junho de 2014 um sector do Estado Islâmico da
Síria para o Iraque, país sob o seu controle, deixando que ocupe tranquilamente
40% do país a aterrorizar cerca de 8 milhões de pessoas, a matar milhares de
iraquianos, a violar mulheres e raparigas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Organizou uma poderosa campanha de propaganda sobre a
crueldade do Estado Islâmico, semelhante à que fizeram com as lapidações dos
talibãs às mulheres afegãs e, assim, poder “libertar” aquele país. Até a
eurodeputada Emma Bonino caiu no embuste, encabeçando a luta contra a burka,
olhando o dedo em vez da lua!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Afirmou que, ao instalar-se o quartel-general dos
terroristas na Síria, deviam atacar a Síria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Obama demitiu de forma fulminante o primeiro-ministro
iraquiano Nuri al Maliki, por opor-se ao uso do território iraquiano para
atacar a Síria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Objectivo conseguido: os EUA puderam, por fim, bombardear
ilegalmente a Síria, a 23 de Setembro de 2014, sem tocarem nos “jihadistas” do
Iraque. Graças ao Estado Islâmico, hoje os EUA (e França, Grã-Bretanha e
Alemanha) contam com bases militares na Síria, pela primeira vez na sua
história, donde poderão controlar toda a eurásia. A Síria deixa de ser (depois
da queda da Líbia em 2001pela NATO) o único país do Mediterrâneo livre de bases
militares dos EUA. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E o surpreendente é que, desde esta data até Julho de 2017,
o Estado Islâmico mantém ocupado o norte do Iraque sem que dezenas de milhares
de soldados dos EUA tenham feito absolutamente NADA. Por fim, o exército
iraquiano e as milícias estrangeiras chiitas libertam Mossul, isso sim,
cometendo terríveis crimes de guerra contra os civis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O terrorismo na
estratégia do “Império do Caos”</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O terrorismo “jihadista” cumpre 4 funções principais para
os EUA: militarizar a atmosfera nas relações internacionais, em prejuízo da
diplomacia; arrebatar as conquistas sociais, instalando estados policiais (os
atentados de Boston, de Paris e inclusivamente o de Orlando) e uma vigilância a
nível mundial; ocultar as decisões vitais aos cidadãos; fazer de buldózer,
aplanando o caminho da invasão das suas tropas em determinados países e
provocar o caos, e não como meio mas como objectivo em si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se durante a Guerra Fria Washington mudava os regimes na
Ásia, na África e na América Latina mediante golpes de Estado, hoje para
ajoelhar os povos indomáveis, recorre a bombardeamentos, envia esquadrões da
morte, impõe sansões económicas, para matá-los, debilitá-los, deixá-los sem
hospitais, água potável e alimentos, com o fim de que não levantem a cabeça
durante gerações. Assim, converte poderosos Estados em Estados falidos, para se
moverem sem impedimentos pelos seus territórios sem governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os EUA que, desde 1991, são a única superpotência mundial,
têm sido incapazes de manter o controlo dos países invadidos, devido ao surto
de outros actores e alianças regionais que reivindicam o seu lugar no mundo
novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E como não come nem deixa comer, os EUA decidiram,
provocando o caos, sabotar a criação de uma ordem multipolar que tenta gerir-se
a si mesma; debilita os BRICS, conspirando contra Dilma Russef e Lula no
Brasil; impede uma integração económica na eurásia, proposta pela Rússia à
Alemanha mas arquivada com a guerra na Ucrânia e mina o projecto chinês da Nova
Rota da Seda e de uma integração geoeconómica da Ásia-Pacífico, que cobriria
dois terços da população mundial. Em contrapartida, cria alianças militares
como a “NATO sunita” e organizações terroristas com o propósito de afundar o
Próximo Oriente em longas guerras de religião.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Anunciar que desenhou um plano para a “mudança de regime”
no Irão, um imenso e povoado país, perante a dificuldade de uma agressão
militar, significa que porá em marcha uma política de desestabilização do país,
mediante atentados e tensões étnico-religiosas. A mesma política que pode
aplicar à Coreia do Norte, Venezuela ou Bolívia e a outros da sua lista do
“Eixo do Mal” e todos os meios para perpetuar a sua absolutista hegemonia
global. Que tentasse derrubar o seu aliadoTayyeb Erdogan é o cúmulo da
intolerância. Antes dos trágicos atentados na Catalunha, o Estado Islâmico atacou
a aldeia afegã de MIrza Olang. Encheu várias valas comuns com pelo menos 54
cadáveres de mulheres e homens e três meninos decapitados e levou umas 40
mulheres e meninas para violá-las. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conclusão: o “jihadismo” não é fruto da exclusão dos
muçulmanos nem sequer se trata da lógica dos vasos comunicantes e regresso dos
“terroristas que criámos no Oriente”. “A vossa causa é nobre e Deus está
convosco”, disse Zbigniew Brzezinski às suas criaturas, os jihadistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 283.2pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">20
de Agosto de 2017<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 124.3pt; text-align: justify;">
<br />
_______________________<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">* <i>“Deixei metade da
minha vida nas minhas terras persas e, quando aterrei nesta península de
acolhimento, amada plataforma de exigência de pão e paz para todos, pus-me a
exercer o desconcertante ofício de exilado: conhecer, aprender, admirar,
transmitir, revelar e denunciar. Estes últimos aproveitando as aulas na
universidade, os meios de comunicação e uma dezena de livros como “Robaiyat de
Omar Jayyam” (DVD ediciones, 2004), “Kurdistán, el país inexistente” (Flor del
viento, 2005), “Irak, Afganistán e Irán, 40 respuestas al conflicto de Oriente
Próximo” (Lengua de Trapo, 2007 y “El Islam sin velo” (Bronce, 2009)”.</i><o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O texto original encontra-se em <a href="http://blogs.publico.es/puntoyseguido/4143/el-asesor-de-seguridad-del-presidente-jimmy-carter-yo-cree-el-terrorismo-yihadista-y-no-me-arrepiento/">http://blogs.publico.es/puntoyseguido/4143/el-asesor-de-seguridad-del-presidente-jimmy-carter-yo-cree-el-terrorismo-yihadista-y-no-me-arrepiento/</a></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-86206409690311351032017-08-12T09:37:00.000-07:002017-09-19T07:24:32.295-07:00<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img src="https://blogs.publico.es/juan-carlos-monedero/files/2017/08/image.jpeg" /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As ameaças de Trump à Venezuela são acompanhadas do mesmo discurso que Hitler fazia quando falava do "Reich dos mil anos". Trágico é os meios de comunicação, na sua maioria, servirem de 5ª coluna, abrindo o caminho à loucura de "fogo e fúria".</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYl2cm2D_XCCeSl9GF6SUKXWASwEBF63_uy1B_1-TSrLVqH7BMvLBMzkQEJtvDZrNUu93-BF2sV3oytcOz41lKA6BRTbF4GgEz3VFQrudWKMjVP6R9f3DGLlsdz9gWqGTnzDqYbM04PEc/s1600/597f1c2cd9b1b.r_1501516979602.0-616-880-1069.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="660" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYl2cm2D_XCCeSl9GF6SUKXWASwEBF63_uy1B_1-TSrLVqH7BMvLBMzkQEJtvDZrNUu93-BF2sV3oytcOz41lKA6BRTbF4GgEz3VFQrudWKMjVP6R9f3DGLlsdz9gWqGTnzDqYbM04PEc/s400/597f1c2cd9b1b.r_1501516979602.0-616-880-1069.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta imagem, retirada de um jornal espanhol, reproduz a foto de uma bomba, activada à distância, pela oposição, para atingir um grupo de polícias. No entanto, neste jornal e em muitos portugueses, serviu para ilustrar a repressão do governo de Maduro.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O texto de Juan Carlos Monedero analisa a situação política, social e económica venezuelana, da perspectiva de quem conhece muito bem aquele país, assumindo sobretudo a defesa dos Direitos Humanos.</span><br />
_________________________________________________________________<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">11 TESES SOBRE A VENEZUELA E UMA CONCLUSÃO DITADA PELA EXPERIÊNCIA</span></b><br />
<b><br /></b>
<b> </b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por<b> Juan Carlos Monedero</b></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">“E
empenhava-se em repetir o mesmo: “Isto não é como numa guerra… Numa batalha
tens o inimigo pela frente… Aqui, o perigo não tem rosto nem horário”.
Negava-se a tomar somníferos ou calmantes: “Não quero que me apanhem a dormir
ou amodorrado. Se vierem por mim, defender-me-ei, gritarei, atirarei os móveis
pela janela… Armarei um escândalo…”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Alejo
Carpentier, <i>A Consagração da Primavera</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
indubitável que Nicolás Maduro não é Allende. Tão-pouco é Chávez. Porém, os que
perpetraram o golpe contra Allende e contra Chávez são, e isso também é
indubitável, os mesmos que estão, agora, intentando um golpe na Venezuela.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
inimigos dos teus inimigos não são os teus amigos. Podes não gostar de Maduro
sem que isso implique esqueceres que <b>nenhum
democrata pode pôr-se ao lado dos golpistas, que inventaram os esquadrões da
morte, os voos da morte, o paramilitarismo, o assassinato da cultura, a
operação Condor</b>, os massacres de camponeses e indígenas, o roubo dos
recursos públicos. É compreensível que haja gente que não quer pôr-se do lado
de Maduro, mas convém pensar que, no lado que apoia os golpistas, estão, na
Europa, os políticos corruptos, os jornalistas mercenários, os nostálgicos do
franquismo, os empresários sem escrúpulos, os vendedores de armas, os que
defendem os ajustamentos económicos, os que festejam o neoliberalismo. Nem
todos os que criticam Maduro defendem essas posições políticas. Conheço gente
honesta que não suporta o que se está passando agora mesmo na Venezuela. <b>É evidente, porém, que do lado dos que
estão intentando um golpe militar nesse país, estão os que sempre apoiaram os
golpes militares na América Latina ou os que põem os seus negócios acima do
respeito pela democracia</b>. Os meios de comunicação que estão a preparar a
guerra civil na Venezuela são os mesmos conglomerados mediáticos que venderam
que no Iraque havia armas de destruição maciça, que nos vendem que temos de
resgatar os bancos com dinheiro público ou que defendem que a orgia dos
milionários e dos corruptos temos que pagá-la entre todos com cortes e
privatizações. Saber que se compartilha a trincheira com semelhante gente
deveria fazer reflectir. A violência deve ser sempre a linha vermelha que não
se deve ultrapassar. <b>Não faz sentido que
o ódio a Maduro ponha alguém decente ao lado dos inimigos dos povos.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Maduro
herdou um papel muito difícil – gerir a Venezuela num momento de queda dos
preços do petróleo e do regresso dos EUA à América Latina, depois da terrível
aventura no Médio Oriente – e uma missão impossível – substituir Chávez. <b>A morte de Chávez privou a Venezuela e a
América Latina de um líder capaz de pôr em marcha políticas que tiraram da
pobreza 70 milhões de pessoas no continente</b>. Chávez entendeu que a
democracia num só país era impossível e serviu-se dos seus recursos, num
momento de acalmia, graças à recuperação da OPEP, para que se iniciasse a etapa
mais luminosa das últimas décadas no continente: Lula no Brasil, Correa no
Equador, Morales na Bolívia, Kirchner na Argentina, Lugo no Paraguai, Mujica no
Uruguai, Funes em El Salvador, Petro em Bogotá e, inclusivamente, Bachelet no
Chile, referenciavam essa nova etapa. A educação e a saúde chegaram aos
sectores populares, completou-se a alfabetização, construíram-se habitações
sociais, novas infraestruturas, transportes públicos (depois da sua
privatização ou a venda e supressão dos comboios), travou a dependência do FMI,
debilitou os laços com os EUA, criando a UNASUR e a CELAC.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há,
também, sombras, principalmente ligadas à debilidade estatal e à corrupção. <b>Mas seria necessário um século para que os
casos de corrupção nos governos progressista da América Latina somem, para
citar só um aspecto, o custo da corrupção que o resgate bancário significa</b>.
A propaganda dos senhores da propaganda acaba por conseguir que o oprimido ame
o opressor. Nunca, desde a demonização de Fidel de Castro, nenhum líder
latino-americano foi tão vilipendiado como Hugo Chávez, que, para repartir
pelos pobres, teve de dizer aos ricos, da América e também da Europa, que
tinham de ganhar um pouco menos. <b>Nunca
toleraram isso, o que é compreensível, especialmente em Espanha, onde, a meio
da crise, responsáveis económicos e políticos do Partido Popular roubavam às
mãos cheias ao mesmo tempo que diziam às pessoas que tinham que apertar o
cinto. Ia Chávez, esse “gorila”, travar-lhes os negócios?</b> Desde que ganhou
as primeiras eleições em 1998, Chávez teve de enfrentar numerosas tentativas
para derrubá-lo. Claro está, com a inestimável ajuda da direita espanhola,
primeiro com Aznar, logo com Rajoy e a já conhecida participação de Felipe
González como lobistas dos grandes capitais (é curioso que o mesmo Aznar que
fez negócios com a Venezuela e com a Líbia se tenha convertido de imediato em executor
quando lho ordenaram. <b>Kadafi,
inclusivamente, presentiou Aznar com um cavalo. Pablo Casado foi o assistente
de Aznar nessa operação e, de imediato, coisas da direita, festejaram o seu
assassinato).</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Chávez
não legou a Maduro os equilíbrios nacionais e regionais que construiu,
políticos, económicos e territoriais. Eram uma construção pessoal, num país que
saía das taxas de pobreza de 60% da população, quando Chávez chegou ao governo.
Há mudanças que necessitam uma geração. <b>É
aí onde a oposição pretende estrangular Maduro, com problemas mal resolvidos
como as importações, os dólares preferenciais ou as dificuldades de travar a
corrupção que desembocam no desabastecimento. Contudo, Maduro soube reeditar o
acordo “cívico-militar”</b> que tanto contraria os amigos do golpismo. Coisa
evidente, pois os EUA sempre fizeram os golpes procurando apoios em militares
autóctones, mercenários e desertores. Os exércitos na América Latina só se
explicam na sua relação com os EUA, que os formaram, quer em tácticas de tortura
ou “luta contra- insurrecional”, quer no uso das armas que lhes vendem ou no
respeito devido aos interesses norte-americanos. Na Venezuela, os mesmos que
formaram os assassinos da Escola Mecânica da Armada argentina ou que ampararam
o assassino Pinochet têm mais dificuldades (o assalto por parte de mercenários
vestidos de militares a um quartel em Carabobo tinha em mira construir a
sensação de fissuras no exército, algo que nos dias de hoje não parece
existir). <b>Tal como compraram militares,
os EUA sempre compraram juízes, jornalistas, professores, deputados, senadores,
presidentes, sicários e quem fizer falta para manter a América como o seu
“pátio traseiro</b>”. O cartel mediático internacional sempre lhes cobriu as
costas. A existência dos EUA como império é que construiu o exército
venezuelano. Os novos oficiais formaram-se no discurso democrático soberano e
anti-imperialista. A sua maioria. Há também uma oficialidade – a maioria já a
reformar-se – que se formou na velha escola e as suas razões para defenderem a
Constituição venezuelana serão mais particulares. As deficiências do Estado
venezuelano também afectam o exército, sobretudo em zonas problemáticas como as
fronteiras. <b>Mas os quartéis na Venezuela
estão com o Presidente constitucional. E, por isso, é ainda mais patético ouvir
o democrata Felipe González pedir aos militares venezuelanos que dêem um golpe
contra o governo de Nicolás Maduro</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
estas dificuldades de terem herdado os equilíbrios estatais e os acordos na
região (a amizade de Chávez com os Kirchner, com Lula, com Evo, com Correa, com
Hugo) há que acrescentar que <b>a guerra da
Arábia Saudita com o <i>fracking</i> (1) e
com a Rússia afundou os preços do petróleo, a principal riqueza da Venezuela.
Esta inesperada queda do preço do petróleo colocou o governo de Maduro numa
situação complicada (é o problema das “monoculturas”.</b> Para entender isso,
basta pensar no que aconteceria em Espanha se o turismo se afundasse em 80% por
causas alheias a um governo. Rajoy conseguiria 7 ou 8 milhões de votos numa
situação assim?). Maduro teve que reconstruir os equilíbrios do poder num
momento de crise económica brutal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A oposição na Venezuela anda a tentar dar
um golpe de Estado desde o próprio dia em que Chávez ganhou. A Venezuela foi a
figura de proa da mudança continental. Acabar com a Venezuela é retirar o
tampão para que aconteça o mesmo nos sítios onde o neoliberalismo não regressou
ainda. Às oligarquias incomodam-lhes os símbolos que debilitam os seus pontos
de vista</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">. Passou-se com a II República em 36, passou-se no Chile
com Allende em 1973. Acabar com a Venezuela chavista é regressar à hegemonia
neoliberal e, inclusivamente, às tentações ditatoriais dos anos 70. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">7.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Venezuela tem, para mais, as maiores reservas de petróleo do mundo, de água, de
biodiversidade, o Amazonas, ouro e coltan (talvez a maior reserva do mundo<b>). Os mesmos que levaram a destruição à
Síria, ao Iraque ou à Líbia, para roubar-lhes o petróleo, querem fazer o mesmo
na Venezuela</b>. E, previamente, necessitam ganhar a opinião pública para que
o roubo não seja tão evidente. Necessitam reproduzir na Venezuela a mesma
estratégia que construíram quando falavam de armas de destruição maciça no
Iraque. Ou não houve muita gente honesta que acreditou haver armas de
destruição maciça no Iraque? Hoje, aquele país, antes próspero, é uma ruína. Quem
acreditou naquelas mentiras do PP que veja como está, hoje, Mossul. Parabéns
aos ingénuos! As mentiras continuam todos os dias. A oposição pôs uma bomba à
passagem de polícias em Caracas e todos os meios de comunicação impressos
publicaram a fotografia como se a responsabilidade fosse de Maduro. Um
helicóptero roubado lançou granadas contra o Tribunal Supremo e os meios de
comunicação silenciaram. São actos terroristas. Desses que abrem as primeiras
páginas e os telejornais. Excepto quando sucedem na Venezuela. <b>Um referendo ilegal na Venezuela “pressiona
o regime até ao limite”. Um referendo ilegal na Catalunha é um acto que raia o
delito de insurreição.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">8.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
cartel mediático internacional encontrou um filão. Trata-se de uma reedição do
medo perante a Rússia comunista, a Cuba ditatorial ou o terrorismo
internacional (nunca dirão que o ISIS é uma construção ocidental, financiada
com capital norte-americano, principalmente). A Venezuela converteu-se num novo
demónio. Isso permite-lhes acusar os adversários de “chavistas” e evita falar
da corrupção, do esvaziamento da caixa das pensões, da privatização dos
hospitais, escolas e universidades ou dos resgates bancários. Mélenchon,
Corbyn, Sanders, Podemos ou qualquer força de mudança na América Latina são
desqualificados com a acusação de chavistas, numa altura em que acusar de
comunista ou de etarra já não colhe. O jornalismo mercenário leva anos com esta
estratégia. Nunca ninguém explicou que política genuinamente bolivariana está nos
programas dos partidos da mudança. Mas pouco importa. O importante é difamar. <b>E gente de boa vontade acaba por crer que
há armas de destruição maciça ou que a Venezuela é uma ditadura onde,
curiosamente, todos os dias a oposição se manifesta (inclusivamente atacando
instalações militares),</b> onde os meios de comunicação criticam livremente
Maduro (não como na Arábia Saudita, Marrocos ou EUA) ou onde a oposição governa
em municípios e regiões. É a mesma táctica que, durante a guerra fria, construiu
o “perigo comunista”. <b>Por isso, em
Espanha temos, com a Venezuela, uma nova Comunidade Autónoma de que só falta
dizerem-nos, no final dos telejornais, que tempo vai fazer em Caracas nesse
dia. Cada cem vezes que se diz “Venezuela”, 95 só procuram distrair, ocultar ou
mentir</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">9.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Venezuela tem um problema histórico que não está resolvido. Por carecer de
minas enquanto foi colónia, não foi um vice-reino, mas simples capitania-geral.
O século XIX foi uma guerra civil permanente e, no século XX, quando começou a
construir o Estado, já tinha petróleo. <b>O
Estado venezuelano foi sempre rentista, carente de eficácia, corroído pela
corrupção e refém das necessidades económicas dos EUA em conluio com as
oligarquias locais</b>. O choque entre o Parlamento e a chefia do Estado actual
deveria ter sido resolvido juridicamente. Sinais de ineficiência vêm sendo
evidentes desde há muito. O rentismo venezuelano nunca foi superado. A
Venezuela redistribuiu a renda do petróleo pelos mais humildes, mas não superou
essa cultura política rentista, nem melhorou o funcionamento do Estado. Não nos
enganemos, porém. O Brasil tem uma estrutura jurídica mais consolidada e o
Parlamento e alguns juízes deram um golpe de Estado contra Dilma Roussef. <b>Donald Trump pode mudar o Procurador-Geral
e não se passa nada, mas se Maduro o faz, chefe de Estado igualmente eleito em
eleições, é acusado de ditador</b>. Parte das críticas a Maduro é mentirosa
porque esquece que a Venezuela é um sistema presidencialista. É por isso que a
Constituição permite ao Presidente convocar uma Assembleia Constituinte. <b>Gostar-se-á mais ou menos, mas o artigo 348
da Constituição vigente da Venezuela faculta ao Presidente essa tarefa, tal
como em Espanha o Presidente do Governo pode dissolver o Parlamento</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">10.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Zapatero
e outros ex-presidentes, o Papa, as Nações-Unidas vêm pedindo a ambas as
partes, na Venezuela, que dialoguem. A oposição reuniu cerca de sete milhões de
votos, embora seja mais complicado que possam chegar a um acordo em torno de um
só candidato ou candidata à presidência do país<b>). Maduro, num contexto regional muito complicado, com fortes apertos
económicos que afectam a compra de produtos básicos, incluindo medicamentos,
juntou oito milhões de votos</b> (mesmo que fossem sete, segundo as declarações
tão suspeitas do presidente do Smarmatic, que acaba de assinar um contrato
milionário na Colômbia). A Venezuela está claramente dividida. A oposição, como
de outras vezes, optou pela violência e, portanto, não entende que Maduro some
tantos milhões de votos<b>. Se em Espanha
um grupo queimasse centros de saúde e escolas, disparasse contra o Tribunal
Supremo, assaltasse quartéis, contratasse marginais para semear o terror,
impedisse, com lutas de rua, o trânsito, e, inclusivamente, queimasse vivas as
pessoas por pensarem diferentemente, alguém estranharia que a cidadania votasse
na direcção contrária à desses loucos? </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">11.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fracassada
a via violenta, <b>à oposição venezuelana
restam duas possibilidades: continuar com a via insurrecional, alentada pelo
Partido Popular, Donald Trump e a extrema-direita internacional, ou tentar
ganhar nas urnas</b>. Os EUA continuam a pressionar (em declarações a um
semanário uruguaio, o Presidente Tabaré disse que votou a expulsão ilegal da
Venezuela do Mercosur por medo às represálias dos países grandes). 57 países da
Nações Unidas exigiram que se respeite a soberania da Venezuela. Como os EUA
não conseguem maioria para forçar a Venezuela, insistem em inventar espaços
(como a declaração de Lima, sem qualquer força jurídica, por não ter conseguido
maioria na OEA<b>). A direita mundial quer
acabar com a Venezuela, mesmo que isso custe sangue e fogo à população
venezuelana. Por isso, alguns opositores, como Henry Ramos-Allup, apelaram ao
fim da violência</b>. A Venezuela tem no horizonte eleições municipais e
regionais. Esse é o cenário onde a oposição deveria demonstrar a maioria que
reclama. <b>A Venezuela tem que convocar
essas eleições e é uma excelente oportunidade para medir forças, eleitoralmente</b>.
Porque, de contrário, o choque que estamos a ver enquistar-se-á e
converter-se-á numa gangrena terrível. A quem interessa uma guerra civil na
Venezuela? Não nos enganemos. Os direitos humanos não interessam nem ao PP, nem
a Trump. Se fosse assim, romperiam com a Arábia Saudita, que vai decapitar 15
jovens por manifestarem-se durante a Primavera árabe e dá chicotadas às
mulheres que conduzem ou com a Colômbia onde sobem a 150 os assassinatos pelos
paramilitares, nos últimos meses; ou no México, onde se assassina cada mês a um
jornalista e aparecem valas comuns com dezenas de cadáveres. Penas de 75 anos
estão-se pedindo nos EUA para manifestantes contra as políticas de Trump. <b>A Venezuela converteu-se, em Espanha, na
18ª comunidade autónoma, só porque o presidente Rajoy teve de comparecer como
testemunha pela corrupção do seu Partido. É mais fácil falar da Venezuela do
que da corrupção dos 800 processados do PP. E há ingénuos que acreditam neles</b>!
Que dirão agora, quando a maior parte da oposição aceitou participar nas
eleições regionais? O pacto entre o PSOE e Podemos, em Castilla-la-Mancha foi
apresentado pela direita manchega como o começo da venezuelização de Espanha.
Quanto descaramento e quanta estupidez! E há gente que acredita neles!
Entretanto <b>o PP guarda silêncio perante,
por exemplo, as perseguições que a ditadura monárquica marroquina faz em
Espanha aos dissidentes políticos ou por ordem do ditador Erdogan prende um
jornalista crítico da ditadura turca. Haverá alguém que nos diga que a estes
governos lhes interessa os direitos humanos?<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conclusão:
Não é preciso estar de acordo, nem pouco mais ou menos, com Maduro e a sua
maneira de fazer as coisas, para não aceitar o golpe de Estado que se quer
construir na Venezuela. Estamos a falar de não voltar a cometer os mesmos
erros, acreditando nas mentiras que os meios de comunicação constroem. <b>A Venezuela tem de resolver os seus
problemas, dialogando. É evidente que tem problemas. Mas, duas metades
enfrentadas não vão a lado nenhum, monologando. Mesmo que uma parte seja
apoiada pelos países mais poderosos do âmbito neoliberal. Nem o PP nem a direita
querem diálogo. Querem que Maduro se entregue</b>. E crê alguém que 8 milhões
de votantes da Assembleia Constituinte iam ficar de braços cruzados? O novo
governo reprimi-los-ia e, inclusivamente, assassiná-los-ia. Os meios de
comunicação diriam que a democracia venezuelana estava a defender-se dos
inimigos da democracia. E voltaria a haver gente ingénua que acreditaria neles.
<b>Do resto do mundo, em nome da
democracia, bastam duas coisas: exigir e encorajar o diálogo na Venezuela e
entender que seria bom não permitir nem ao PP, nem às direitas internacionais,
começando por Donald Trump, reeditar uma das suas misérias mais horríveis que
consiste em semear a dor noutros sítios, para ocultar a dor que provocam nos
nossos próprios países.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
_______________<br />
<br />
Este texto pode ser lido no original em <a href="http://blogs.publico.es/juan-carlos-monedero/2017/08/11/11-tesis-sobre-venezuela-y-una-conclusion-escarmentada/">http://blogs.publico.es/juan-carlos-monedero/2017/08/11/11-tesis-sobre-venezuela-y-una-conclusion-escarmentada/</a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-65121805582950791872017-07-15T10:01:00.002-07:002017-07-15T10:01:53.167-07:00<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;">Leopoldo López, um golpista consequente<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;"><b> </b>Por <i>Roberto Montoya</i>*</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">“ Aos militares que hoje estão nas ruas quero mandar-lhes uma mensagem muito clara, muito serena e dentro da nossa Constituição: vocês também têm o direito e o dever de revoltar-se, de revoltar-se perante ordens que tentam reprimir o povo venezuelano”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Estas são algumas das frases que Leopoldo López disse num dos últimos vídeos que gravou, em Junho passado, na prisão militar de Ramo Verde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Neste e noutros vídeos, gravados antes e depois, por López, na prisão, o líder da Vontade Popular, um dos partidos mais ultras da multifacetada coligação opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática) denunciou a “tirania” de Maduro, a “brutal repressão” e “a falta de liberdade de expressão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Como é que López fez chegar, então, estas denúncias ao exterior das masmorras venezuelanas? Escrevendo-as em código num papel minúsculo que conseguiu passar clandestinamente à esposa, numa das suas visitas? Não, nada disso, o homem, que pretende afastar o seu adversário Henrique Capriles da liderança da MUD e tem pressa em ser presidente da Venezuela, gravou isto em vídeo. Alguns dos vídeos, de boa qualidade como se pode apreciar no Youtube, têm vários minutos, e foram difundidos amplamente nas redes sociais, televisões venezuelanas e de todo o mundo, graças à ampla e cara maquinaria mediática que o seu partido, uma vez mais, pôs em marcha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Poderia fazer algo semelhante um preso em cárcere de um país europeu avançado, democratíssimo e garante dos direitos como o Estado espanhol? De que modo reagiriam um governo como o de Mariano Rajoy, os tribunais de Justiça e os meios de comunicação espanhóis, se um preso fizesse um apelo semelhante?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Se as penas são proporcionais ao delito, que opinaria a Procuradoria da Audiência Nacional que pediu 50 anos de prisão para aqueles que agrediram ao murro, em Alsasua, dois guardas civis, se tivessem de julgar López por ter sido o primeiro instigador, em 2014, das violentas revoltas de rua contra o governo constitucional venezuelano, que deixaram o saldo de 43 mortos, dos dois lados?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Aceitariam o governo, os tribunais e os meios de comunicação espanhóis, conceder o estatuto de preso político a golpistas reincidentes, como López e muitos dos detidos nos últimos 3 meses, alguns dos quais lincharam activistas chavistas, incendiaram dezenas de armazéns dos CLAP (centros governamentais de distribuição de alimentos) e tentaram tomar de assalto a sede do Tribunal Supremo e outros edifícios públicos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">São presos políticos os que mataram a tiro, no início de junho passado, numa barricada, o juiz Nelson Moncada, que ratificara a condenação de López.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Poucos dias depois de conhecer-se o vídeo em que López incitou os militares venezuelanos a rebelarem-se, outro salvador da pátria fazia-se eco desse apelo. Óscar Pérez, um inspector da polícia e actor ocasional de filmes de acção, atacava com granadas e disparos de um helicóptero roubado com a ajuda de outros polícias, as sedes do Ministério do Interior e do Tribunal Supremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Outro dirigente opositor, líder estudantil da Universidade Central de Venezuela e deputado de Primero Justicia, Juan Requesens, dizia, numa conferência na Flórida, a 5 de Julho passado, que “para chegar a uma intervenção estrangeira temos que passar por esta etapa”, em referência aos actuais confrontos na rua. A etapa actual é apenas um pré-aquecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpFirst" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Nem López nem o inspector Pérez conseguiram o apoio militar que esperavam, como tão-pouco conseguiu Julio Borges, o também presidente opositor da Assembleia Nacional, que vem fazendo constantes apelos públicos às forças armadas a que se decidam “pelo lado do povo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Convencidos de que não conseguirão fracturar as Forças Armadas para o derrube pela força de Nicolás Maduro, os sectores mais golpistas da Mesa de Unidade Opositora apostam no “quanto pior, melhor”. Para isso, não lhes basta o boicote empresarial, açambarcamento de mercadorias para especular com os preços, provocar a falta de abastecimento e, com isso, aumentar o mal-estar social, mas é preciso que o mundo inteiro veja sangue nas ruas da Venezuela. Querem mortos, um caos total, que justifique uma intervenção estrangeira e que Luis Leonardo Almagro, secretário-geral da OEA, parece pedir aos gritos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;">López, um dos autores do golpe de 2002<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Quando Alberto Garzón chamou “golpista” a López no Twitter, depois deste ter saído da prisão, Toni Cantó apressou-se a atacá-lo, logo seguido de Gallardón, porém, o líder da IU replicou, chamando-lhe “golpista reincidente”. E com razão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Não é necessário ser-se admirador de Maduro e do seu governo para admitir essa realidade. E mais, duma perspectiva de esquerda, pode-se – deve-se, acrescentaria eu – ser muito crítico com a gestão e a deriva que tomou o seu governo em muitos aspectos, mas sabendo, contudo, distinguir sempre claramente o que representou de mudança substancial, para a Venezuela e América Latina, o processo que se iniciou em 1998, na Venezuela, com a chegada de Chávez ao poder e o que representa a “alternativa” opositora, o sector mais ultra e oligárquico da MUD e seus interessados aliados nacionais e internacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Para poder ganhar apoio em sectores populares desconfiados com tantos dirigentes opositores de reconhecidas famílias oligarcas, como é o caso de López, Machado ou Capriles, a MUD há muito que já mudou de táctica e não anuncia, como antes, que vai acabar com as reformas sociais, que levaram a educação, a saúde, pensões e habitação social a milhões de pessoas, prometendo o contrário, que, inclusivamente, melhorarão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Da biografia de Leopoldo López muitos querem apagar vários episódios, alguns deles relacionados com os seus problemas na Contraloría General de la República, que o imputou, na década passada, por receber uma quantia milionária da Petróleos de Venezuela (Pdvsa, a poderosa empresa, da qual era funcionário e a mãe dele alta executiva) para financiar o seu partido de então, Primero Justicia, do que se separaria logo, pelos seus choques com Capriles. Também foi sancionado, em 2009, pelo desvio de grandes verbas dos fundos da Câmara de Chacao, no estado de Miranda, à frente da qual esteve entre 2000 e 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Para alguém que está a acusar constantemente o Governo de Nicolás Maduro de “corrupto” não são precisamente bons os dados do seu currículo. Mas talvez os mais incómodos antecedentes de alguém que, como López, se auto-erigiu em defensor da democracia e das liberdades, são os de 2002, os do golpe de Estado contra Hugo Chávez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">López, como o seu rival interno, Henrique Capriles, e como muitos outros dirigentes actuais da MUD, apoiaram abertamente o golpe de Estado de 12 de Abril desse ano, porém López, tal como María Corina Machado, líder de Vente Venezuela, estiveram, além do mais, entre os cerca de 400 ilustres subscritores da</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Acta de Constitución del Gobierno de Transición Democrática y Unidade Nacional, conhecida como Decreto Carmona ou <i>Carmonazo</i>, do nome do efémero presidente de facto, Pedro Carmona, nada menos que o presidente da Fedecámaras, a confederação do grande patronato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Através dessa acta decidia-se dar plenos poderes a Carmona, suspender a Assembleia Nacional, assim como todos os cargos públicos, nacionais, regionais e municipais, que o presidente decidisse, e prometia-se convocar eleições gerais no prazo máximo de um ano. Não tardou nada a conhecer-se a caça às bruxas prevista após o golpe, assim como a anulação das importantes reformas sociais impulsionadas pelo governo e ainda a privatização e reprivatização de empresas públicas que se seguiriam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Mudando o nome de Chávez pelo de Maduro e alguns pequenos detalhes de argumentação, López e Machado certamente subscreveriam de novo aquele <i>Decreto Carmona,</i> se pudessem provocar a queda violenta de Maduro. Assim que López saiu da prisão apelou, da sua mansão, à “resistência”, animando os “jovens dos escudos” que inflamam, cada vez mais violentamente, as ruas de alguns bairros de Caracas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;">Vargas Llosa: “És um herói da paz”<o:p></o:p></span></b><br /><b><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 32px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A acontecer um cenário do género, a conseguir-se consumar, hipoteticamente, com êxito, um golpe contra Maduro, alguns dos primeiros que o aplaudiriam no exterior, além dos grandes democratas como Trump, Macri, Temer ou Uribe, seriam Felipe González, Aznar, Rajoy, Rivera e os mesmos grandes grupos mediáticos espanhóis, que já celebraram, em 2002, nos seus editoriais e desinformações o frustrado golpe de Estado contra Hugo Chávez, com o El País e o grupo Prisa à cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Das masmorras de Maduro, entre tortura e tortura, Leopoldo López não só gravou vídeos que enviou para o exterior, como também escreveu um livro, <i>Preso pero libre</i>. O prólogo, claro que sim, é de dom Felipe González, ligado estreitamente, desde há anos, à mãe de López, Maria Antonieta Mendonza de López. A mãe do líder opositor foi, desde o ano 2000 até há muito pouco tempo, pelo menos, a Vice-Presidente de Assuntos Corporativos do holding Organización Cisneros, propriedade do magnata Gustavo Cisneros, grande amigo e sócio de Felipe González. Cisneros, que, segundo o número da Newsweek, de 22 de Abril de 2002, poucos dias depois do golpe de Estado, esteve “no vértice” do mesmo, fez a grande negociata da compra-venda das Galerías Preciados, graças a uma escandalosa e falada operação financeira, facilitada pelo governo de Felipe González.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A poderosa mãe de Leopoldo López Mendoza também é membro da Cámara Venezuelano-América de Comercio e Industria e membro também do Comité de Medios de Comunicación de <i>Venamcham</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Aznar mantém igualmente uma excelente relação com Cisneros e não foi por acaso que lhe concedeu a nacionalidade espanhola uns meses antes do golpe de Abril de 2002.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Na apresentação do livro em Madrid, em Março de 2016, Mario Vargas Llosa disse que López era “um herói do nosso tempo, um herói da paz, um herói civil”. E, na coluna que dedicou ao golpista reincidente, em El País, poucos dias depois, o Nobel assegurou: “Leopoldo López é um idealista e um pacifista convencido. Os seus modelos são Gandhi, Mandela, Martin Luther King, Vaclav Havel, a madre Teresa de Calcutá e, como convicto crente que é, Cristo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">A exaltação que se fez, em Espanha, de López, é, sem dúvida, uma aposta decidida na linha mais dura e beligerante da oposição venezuelana, não na oposição em geral, que incui forças reivindicando-se da socialdemocracia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Tanto Leopoldo López, como Corina Machado recusaram sempre qualquer diálogo com o governo, primeiro com o de Chávez e, depois, com o de Maduro. Recusaram, igualmente, participar, durante anos, nos processos eleitorais e aceitaram contra vontade a mudança de estratégia e o resultado das primárias da MUD, que elegeram, em 2012, Henrique Capriles como candidato à presidência. Após os contínuos fracassos eleitorais da MUD, López e Machado atribuíram à “tibieza” de Capriles as derrotas sofridas, tanto frente a Chávez como, depois, a Maduro e, em 2014, optaram pela violência nas ruas, lançaram <i>La Salida</i>, um plano de manifestações violentíssimas, durante semanas e semanas. Procuravam que as Forças Armadas se fracturassem e que a gente “dos cerros” baixasse em massa como no <i>Caracazo</i> de 1989, contra os planos de ajustamento do governo de Andrés Pérez – o outro grande amigo de Felipe González – que se saldou com centenas de vítimas ou como tinha baixado, em Abril de 2002, para enfrentar e derrotar o golpe de Estado contra Chávez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Mas a gente dos “cerros”, nesta ocasião, não baixou, como pretendia López, apesar da penúria que passa e as Forças Armadas tão-pouco se rebelaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Foi por causa dessas revoltas de 2014, extremamente violentas, que López foi detido e condenado a 13 anos de prisão, dos quais cumpriu três anos e meio, antes de se lhe conceder a actual prisão domiciliária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">López já desalojou Capriles da liderança da MUD e, a celebrarem-se actualmente umas novas primárias na MUD, parece evidente que o candidato presidencial, agora, seria López e não Capriles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">O apoio decidido e interessado do governo, de políticos, multinacionais e grandes grupos mediáticos espanhóis, que tanto reivindicam a democracia e a liberdade, contribuiu, sem dúvida, uma vez mais, para a estratégia golpista na Venezuela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">* Jornalista e escritor</span></div>
<div class="MsoListBulletCxSpMiddle" style="background-color: white; color: #0a0a0a; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; line-height: 19.8px; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;">Texto traduzido de http://blogs.publico.es/otrasmiradas/9528/leopoldo-lopez-un-golpista-consecuente/ </span></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-61677589736560946192017-04-04T02:31:00.000-07:002017-04-04T02:31:03.948-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; text-transform: uppercase;"><span style="font-size: large;">SALÁRIOS E PENSÕES DOS CHEFES DA TROIKA</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
Por <b><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; text-transform: uppercase;">JUAN OLIVER</span></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Os <b>ideólogos e executantes dos
programas de cortes sociais e direitos laborais</b> que deixaram na pobreza
centenas de milhares de famílias europeias cobram salários multimilionários,
desfrutam de condições de trabalho dignas de chefes de Estado e garantem para
si reformas de luxo quando saem dos cargos, seja qual for o resultado do seu
mandato.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img alt="Christine Lagarde, Mario Draghi y Jean-Claude Juncker en una reunión informal del Eurogrupo en Nicosia (Chipre). AFP/ Yiannis Kourtoglou" height="206" src="http://www.publico.es/files/article_main//files/crop/uploads/2017/03/31/58de70d43c5c6.r_1491164730122.0-0-1000-515.jpg" width="400" /></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Os máximos representantes da
troika, o presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Junker, a
directora geral do FMI, a francesa Christine Lagarde e o presidente do Banco
Central Europeu, o italiano Mario Graghi, <b>levam, entre os três, cerca de 1,25
milhões de euros anuais</b> em salários e achegas várias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Enquanto exigem redução de
ordenados, salários mínimos e pensões, cortes nos gastos sociais, saúde e
educação e a flexibilização das causas de despedimento; enquanto ameaçam com
multas escandalosas os países que não cumpram as suas ordens em matéria de
défice e endividamento, enriquecem com <b>remunerações, que multiplicam por oito
as dos chefes de governo</b>, como o espanhol e que superam em muito o limite
razoável para manter a dignidade do cargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">É corrupção? O Dicionário da Real
Academia define este termo da seguinte maneira: “Nas organizações,
especialmente as públicas, a prática que consiste na utilização das funções e
meios em proveito, económico ou de outra índole, dos seus gestores”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Jean-Claude Junker</b>, luxemburguês,
presidente da Comissão Europeia, não dá a conhecer o seu salário, embora isso
esteja estabelecido no regulamento 422/67 do Conselho Europeu, que determina as
remunerações do presidente e dos membros da Comissão Europeia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">O salário de Junker deve ser 138%
do salário máximo de um funcionário das instituições europeias. <b>Actualmente, é
de 324.377 euros</b>, tendo, no ano passado, subido 3,2%, o triplo do crescimento
da inflação na UE, 1,1%, e na Eurozona, 1,02%.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">E não só. Junker recebe, além
disso, mais <b>48.600 euros para habitação</b> ( 15% do seu salário bruto) e <b>1.418
euros adicionais, por mês, como “subsídio de ócio”</b>. Claro que ajudas de custo,
alojamento, despesas com viagens e manutenção são pagas à parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Ser presidente da Comissão é uma
mina, mas deixar de o ser, também. <b>Quando se retirar, Junker receberá, durante
três anos, uma indeminização mensal entre 40% e 65% do seu salário</b>, dependendo
dos anos no cargo. Se tal acontecesse hoje, como está no cargo há menos de três
anos, não teria direito ao máximo. E arrecadaria apenas, num triénio, mais de
meio milhão de euros. Dentro de dois anos, quando cumpra 65 de idade, terá
direito a uma pensão vitalícia que se calcula em função do tempo em que se
manteve no cargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Se for até ao fim dos mandatos,
como o seu predecessor, o português <b>José Manuel Durão Barroso</b>, receberá uns
160.000 euros por ano. Como se fosse pouco, esse subsídio será compatível com
qualquer outra pensão pública a que tenha direito no seu país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Christine Lagarde</b>, francesa,
directora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), quando foi nomeada, em
Julho de 2011, recebeu uma carta do seu novo empregador onde se detalhavam as
suas condições salariais e laborais: <b>440.000 euros por ano</b>, além das ajudas de
custo e despesas de representação, viagens, manutenção e alojamento grátis.
Para ela, evidentemente, mas também para o seu consorte se este decidir
acompanhá-la às reuniões do FMI que se celebrem fora de Washington, onde o
organismo tem a sua sede central.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">O salário não deve ser suficiente
aos olhos dos dirigentes da organização, pois, pelo sim pelo não, acrescentaram
<b>um subsídio de 6.700 euros por mês</b> para que possa “manter um nível de vida
apropriado à sua posição”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Lagarde usufrui do <b>fundo de
pensões comum do pessoal do FMI</b>, mas, além disso, quando deixar o cargo,
receberá, por ano, a partir dos 67 anos, uma percentagem da sua remuneração
proporcional aos anos em que lá esteve. Algo de semelhante ao caso de Junker.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Chegará a 100% se estiver dez
anos e, como já leva seis, tem assegurados uns 367.000 anuais. Se Lagarde
falecer antes do seu consorte, ele herdará a pensão para toda a vida e os
filhos receberão também um subsídio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Mario Draghi</b>, italiano, presidente
do Banco Central Europeu, além de ter assegurados o aluguer da casa, ajudas de
custo, viagens, etc., <b>recebeu 385.860 euros anuais</b>, segundo as contas do BCE
correspondentes a 2015. No ano anterior, ganhou 379.608 euros e, no ano de
2013, 378.240 euros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Desde 2007, quando começou a
crise económica, o salário do presidente do BCE cresceu 45.000 euros anuais,
mais de 13%.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
__________________________<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Ver texto original em </i>http://www.publico.es/economia/jefes-troika-ganan-25-millones.html<br />
<i><br /></i></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-90852779980704738582015-07-19T03:36:00.000-07:002015-07-19T03:49:16.683-07:00<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">Fomos enganados e bem enganados.</span></span><br />
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">Enganados quando acreditámos que Tsipras era um homem sério e enganados quando criticámos a oposição constante do KKE, Partido Comunista Grego, ao Syriza.</span></span><br />
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">Neste momento de traição absoluta, não só ao povo grego, mas a todos os povos da Europa, é importante
saber que muitos homens e mulheres continuam dispostos a resistir e a lutar
contra o fascismo <i>(1)</i>, imposto pela
Alemanha e aceite, com entusiasmo, pelos colaboracionistas dos diferentes
países da EU, a começar pelo de Portugal e a acabar, agora, no da Grécia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">De entre alguns elementos do Syriza que
recusaram a humilhação, está o ex-ministro das Finanças, Varoufakis, que se
demitiu e votou contra o acordo de capitulação assinado por Tsipras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">É este acordo ignóbil, para quem o propôs
e para quem o aceitou, que Varoufakis fez questão em publicar e comentar, ponto
por ponto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">Nós traduzimos alguns desses comentários
ao lado do texto original (que pode ser consultado na <a href="http://yanisvaroufakis.eu/2015/07/15/the-euro-summit-agreement-on-greece-annotated-by-yanis-varoufakis/">página web de Varoufakis)</a>.</span></span><br />
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l10 level2 lfo14; text-indent: -18.0pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><i><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">(1)<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; line-height: normal;"> </span></span></i><!--[endif]--><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Para
quem julga viver em democracia só porque, de tantos em tantos anos, introduz um
papelinho numa urna de votos, saiba o que, há mais de um século, alguém tão
lúcido como Eça de Queirós disse, pela boca do Conde de Abranhos. “ <i>Eu que sou governo, fraco mas hábil, dou
aparentemente a soberania ao povo, que é forte e simples. Mas, como a falta de
educação o mantém na imbecilidade, e o adormecimento da consciência o amolece
na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito… </i></span><i><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">E quanto ao seu
proveito… adeus, ó compadre!<o:p></o:p></span></i></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: large;"><i>Ponho-lhe na mão uma espada; e ele, baboso, diz: eu
sou a força! Coloco-lhe no regaço uma bolsa, e ele, inchado, afirma: eu sou a
fazenda! Ponho-lhe diante do nariz um livro, e ele, exclama, de papo: eu sou a lei!
Idiota! Não vê que por trás dele, sou eu, astuto manejador de títeres, quem
move os cordéis que prendem a espada, a bolsa e o livro</i><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">!”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 70.8pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><span style="font-size: large;">E, saiba-se, também, que fascismo é a exploração
extrema de quem trabalha e produz, não sendo necessário que o figurino
apresente sempre um bigodinho, braço estendido ou passo de ganso. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> <o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="line-height: 18.3pt;"> </span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border-bottom: none; border-left: solid windowtext 1.0pt; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div align="center" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><u><span lang="EN-US">Acordo do
Eurogrupo<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit stresses the
crucial need to rebuild trust with the Greek authorities </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the Greek government
must introduce new stringent austerity directed at the weakest Greeks that
have already suffered grossly]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> as a pre- requisite for a possible future agreement on a new ESM
programme </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. for a new
extend-and-pretend loan].</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">In this context, the
ownership by the Greek authorities is key </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the Syriza government must sign a declaration
of having defected to the troika’s ‘logic’]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">, and successful implementation should follow
policy commitments.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A euro area Member State
requesting financial assistance from the ESM is expected to address, wherever
possible, a similar request to the IMF This is a precondition for the
Eurogroup to agree on a new ESM programme. Therefore Greece will request
continued IMF support (monitoring and financing) from March 2016 </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. Berlin continues to
believe that the Commission cannot be trusted to ‘police’ Europe’s own
‘bailout’ programs].</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Given the need to rebuild
trust with Greece, the Euro Summit welcomes the commitments of the Greek
authorities to legislate without delay a first set of measures </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. Greece must subject</span><span lang="EN-US" style="color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> <i>itself</i> <span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">to fiscal waterboarding, even before any financing is offered]</span></span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">. These measures, taken in
full prior agreement with the Institutions, will include:<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><u><span style="color: #333333; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">By 15 July</span></u></b><span style="color: #333333; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">the streamlining of the VAT
system [i.e. making it more regressive, through rate rises that encourage
more VAT evasion]and the broadening of the tax base to increase revenue </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. dealing a major blow
at the only Greek growth industry – tourism].</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">upfront measures to improve
long-term sustainability of the pension system as part of a comprehensive
pension reform programme </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. reducing the lowest of the low of pensions, while ignoring that the
depletion of pension funds’ capital due to the 2012 troika-designed PSI and
the ill effects of low employment & undeclared paid labour].</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">the safeguarding of the full
legal independence of ELSTAT </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the troika demands complete control of the way Greece’s budget
balance is computed, with a view to controlling fully the magnitude of
austerity it imposes on the government.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">full implementation of the
relevant provisions of the Treaty on Stability, Coordination and Governance
in the Economic and Monetary Union, in particular by making the Fiscal
Council operational before finalizing the MoU and introducing quasi-automatic
spending cuts in case of deviations from ambitious primary surplus targets
after seeking advice from the Fiscal Council and subject to prior approval of
the Institutions </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the Greek government, which knows that the imposed fiscal targets
will never be achieved under the imposed austerity, must commit to further,
automated austerity as a result of the troika’s newest failures.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><u><span style="color: #333333; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">By 22 July</span></u></b><span style="color: #333333; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">the adoption of the Code of
Civil Procedure, which is a major overhaul of procedures and arrangements for
the civil justice system and can significantly accelerate the judicial
process and reduce costs </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. foreclosures, evictions and liquidation of thousands of homes and
businesses who are not in a position to keep up with their mortgages/loans.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">the transposition of the BRRD
with support from the European Commission.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Immediately, and only
subsequent to legal implementation of the first four above-mentioned measures
as well as endorsement of all the commitments included in this document by
the Greek Parliament, verified by the Institutions and the Eurogroup, may a
decision to mandate the Institutions to negotiate a Memorandum of
Understanding (MoU) be taken </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. The Syriza government must be humiliated to the extent that it is
asked to impose harsh austerity upon itself as a first step towards
requesting another toxic bailout loan, of the sort that Syriza became
internationally famous for opposing.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">This decision would be taken
subject to national procedures having been completed and if the preconditions
of Article 13 of the ESM Treaty are met on the basis of the assessment
referred to in Article 13.1. In order to form the basis for a successful
conclusion of the MoU, the Greek offer of reform measures needs to be
seriously strengthened to take into account the strongly deteriorated
economic and fiscal position of the country during the last year </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the Syriza government
must accept the lie that it, and not the asphyxiation tactics of the
creditors, caused the sharp economic deterioration of the past six months –
the victim is being asked to take the blame by the on behalf of the villain.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Greek government needs
to formally commit to strengthening their proposals </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. to make them more
regressive and more inhuman]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> in a number of areas identified by the Institutions, with a
satisfactory clear timetable for legislation and implementation, including
structural benchmarks, milestones and quantitative benchmarks, to have
clarity on the direction of policies over the medium-run. </span><span style="color: #333333; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">They notably need, in agreement with the Institutions, to:<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">carry out ambitious pension
reforms [i.e. cuts] and specify policies to fully compensate for the fiscal
impact of the Constitutional Court ruling on the 2012 pension reform </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. cancel the Court’s
decision in favour of pensioners]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> and to implement the zero deficit clause </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. cut by 85% the
secondary pensions that the Syriza government fought tooth and nail to
preserve over the past five months]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> or mutually agreeable alternative measures </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. find ‘equivalent’
victims]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> by
October 2015;<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">adopt more ambitious product
market reforms with a clear timetable for implementation of all OECD toolkit
I recommendations </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the recommendations that the OECD has now renounced after having
re-designed these reforms in collaboration with the Syriza government]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">, including Sunday trade,
sales periods, pharmacy ownership, milk and bakeries, except over-the-counter
pharmaceutical products, which will be implemented in a next step, as well as
for the opening of macro-critical closed professions (e.g. ferry transportation).
On the follow-up of the OECD toolkit-II, manufacturing needs to be included
in the prior action;<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">on energy markets, proceed
with the privatisation of the electricity transmission network operator
(ADMIE), unless replacement measures can be found that have equivalent effect
on competition, as agreed by the Institutions </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. ADMIE will be sold off to specific foreign
vested interests at the behest of the Institutions.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">on labour markets, undertake
rigorous reviews and modernisation of collective bargaining </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. to make sure that no
collective bargaining is allowed]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">, industrial action </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. that must be banned]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> and, in line with the relevant EU directive and best practice,
collective dismissals </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. that should be allowed at the employers’ whim]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">, along the timetable and
the approach agreed with the Institutions </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the Troika decides.]</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">On the basis of these
reviews, labour market policies should be aligned with international and
European best practices, and should not involve a return to past policy
settings which are not compatible with the goals of promoting sustainable and
inclusive growth [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. there should be no mechanisms that waged labour can use to extract
better conditions from employers.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">adopt the necessary steps to
strengthen the financial sector, including decisive action on non-performing
loans [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. a tsunami
of foreclosures is</span><span lang="EN-US" style="color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> <i>ante portas</i></span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] and measures to strengthen governance of the HFSF and the banks [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. the Greek people who
maintain the HFSF and the banks will have precisely zero control over the
HFSF and the banks.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">], in particular by eliminating any possibility for political
interference especially in appointment processes. [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. except the political interference of the
Troika.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] On top of
that, the Greek authorities shall take the following actions:<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">to develop a significantly
scaled up privatisation programme with improved governance; valuable Greek
assets will be transferred to an independent fund that will monetize the
assets through privatisations and other means [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. an East German-like Treuhand is envisaged to
sell off all public property but without the equivalent large investments
that W. Germany put into E. Germany in compensation for the Treuhand
disaster.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The
monetization of the assets will be one source to make the scheduled repayment
of the new loan of ESM and generate over the life of the new loan a targeted
total of EUR 50bn of which EUR 25bn will be used for the repayment of
recapitalization of banks and other assets and 50 % of every remaining euro (i.e.
50% of EUR 25bn) will be used for decreasing the debt to GDP ratio and the
remaining 50 % will be used for investments [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. public property will be sold off and the
pitiful sums will go toward servicing an un-serviceable debt – with precisely
nothing left over for public or private investments.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] This fund would be established in Greece and
be managed by the Greek authorities under the supervision of the relevant
European Institutions [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. it will be nominally in Greece but, just like the HFSF or the Bank
of Greece, it will be controlled fully by the creditors</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">.] In agreement with
Institutions and building on best international practices, a legislative
framework should be adopted to ensure transparent procedures and adequate
asset sale pricing, according to OECD principles and standards on the
management of State Owned Enterprises (SOEs) [i.e. the Troika will do what it
likes.]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">in line with the Greek
government ambitions, to modernise and significantly strengthen the Greek
administration, and to put in place a programme, under the auspices of the
European Commission, for capacity-building and de-politicizing the Greek
administration </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. Turning Greece into a democracy-free zone modelled on Brussels, a
form of supposedly technocratic government, which is politically toxic and
macro-economically inept</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] A first proposal should be provided by 20 July after discussions with
the Institutions. The Greek government commits to reduce further the costs of
the Greek administration [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. to reduce the lowest wages while increasing a little the wages some
of the Troika-friendly apparatchiks</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">], in line with a schedule agreed with the Institutions.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">to fully normalize working
methods with the Institutions, including the necessary work on the ground in
Athens, to improve programme implementation and monitoring [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. The Troika strikes back
and demands that the Greek government invite it to return to Athens as
Conqueror – the Carthaginian Peace in all its glory.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The government needs to consult and agree
with the Institutions on all draft legislation in relevant areas with
adequate time before submitting it for public consultation or to
Parliament </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. Greek
Parliament must, again, after five months of short-lived independence, become
an appendage of the Troika – passing translated legislation mechanistically.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The Euro Summit stresses
again that implementation is key, and in that context welcomes the intention
of the Greek authorities to request by 20 July support from the Institutions
and Member States for technical assistance, and asks the European Commission
to coordinate this support from Europe;<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 30pt; text-indent: -18pt; vertical-align: baseline;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: Wingdings; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Wingdings; mso-fareast-language: PT;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">With the exception of the
humanitarian crisis bill, the Greek government will reexamine with a view to
amending legislations that were introduced counter to the February 20 agreement
by backtracking on previous programme commitments or identify clear
compensatory equivalents for the vested rights that were subsequently created
[</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. In addition
to promising that it will no longer legislative autonomously, the Greek
government will retrospectively annul all Bills it passed over the past five
months.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 19.5pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The above-listed commitments
are minimum requirements to start the negotiations with the Greek
authorities. However, the Euro Summit made it clear that the start of
negotiations does not preclude any final possible agreement on a new ESM
programme, which will have to be based on a decision on the whole package
(including financing needs, debt sustainability and possible bridge
financing) [i.e. self-flagellate, impose further austerity upon an economy
crushed by austerity, and then we shall see whether the Eurogroup will grave
you with another toxic, unsustainable loans.]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit takes note
of the possible programme financing needs of between EUR 82 and 86bn, as
assessed by the Institutions [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. the Eurogroup conjured up a huge number, well above what is
necessary, in order to signal the debt restructuring is out and that debt
bondage ad infinitum is the name of the game.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] It invites the Institutions to explore
possibilities to reduce the financing envelope, through an alternative fiscal
path or higher privatisation proceeds [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. And, yes, it may possible that pigs will fly.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] Restoring market access,
which is an objective of any financial assistance programme, lowers the need
to draw on the total financing envelope [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. which is something the creditors will do their
utmost to avoid, e.g. by ensuring that Greece will only enter the ECB’s
quantitative easing program in 2018, once quantitative easing is… over.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit takes note
of the urgent financing needs of Greece which underline the need for very
swift progress in reaching a decision on a new MoU: these are estimated to
amount to EUR 7bn by 20 July and an additional EUR 5bn by mid August [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. Extend and Pretend gets
another spin.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The Euro
Summit acknowledges the importance of ensuring that the Greek sovereign can
clear its arrears to the IMF and to the Bank of Greece and honour its debt
obligations in the coming weeks to create conditions which allow for an
orderly conclusion of the negotiations. The risks of not concluding swiftly
the negotiations remain fully with Greece [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. Once more, demanding that the victim takes all
the blame in behalf of the villain.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The Euro Summit invites the Eurogroup to discuss these issues as a
matter of urgency.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Given the acute challenges
of the Greek financial sector, the total envelope of a possible new ESM
programme would have to include the establishment of a buffer of EUR 10 to
25bn for the banking sector in order to address potential bank
recapitalisation needs and resolution costs, of which EUR 10bn would be made
available immediately in a segregated account at the ESM [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. the Troika admits that
the 2013-14 recapitalisation of the banks, which would only need a top up of
at most 10 billion, was insufficient – but, of course, blames it on… the
Syriza government.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit is aware
that a rapid decision on a new programme is a condition to allow banks to
reopen, thus avoiding an increase in the total financing envelope [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. The Troika closed
Greece’s banks to force the Syriza government to capitulate and now cries out
for their re-opening.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The ECB/SSM will conduct a comprehensive assessment after the summer.
The overall buffer will cater for possible capital shortfalls following the
comprehensive assessment after the legal framework is applied.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">There are serious concerns
regarding the sustainability of Greek debt [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">N.b. Really? Gosh!</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] This is due to the easing of policies during
the last twelve months, which resulted in the recent deterioration in the
domestic macroeconomic and financial environment [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. It is not the Extend and Pretend ‘bailout’
loans of 2010 and 2012 that, in conjunction with GDP-sapping austerity,
caused the debt to scale immense heights – it was the prospect, and reality,
of a government that criticized the the Extend and Pretend ‘bailout’ loans
that… caused Debt’s Unustainability!</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit recalls that
the euro area Member States have, throughout the last few years, adopted a
remarkable set of measures supporting Greece’s debt sustainability, which
have smoothed Greece’s debt servicing path and reduced costs significantly [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. The 1<sup>st</sup></span><span lang="EN-US" style="color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> <span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">& 2<sup>nd</sup></span> <span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">‘bailout’ programs failed,
the debt skyrocketing as it was always going to since the real purpose of the
‘bailout’ programs was to transfer banking losses to Europe’s taxpayers.</span></span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] Against this background,
in the context of a possible future ESM programme, and in line with the
spirit of the Eurogroup statement of November 2012 [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. a promise of debt restructure to the previous
Greek government was never kept by the creditors</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">], the Eurogroup stands ready to consider, if
necessary, possible additional measures (possible longer grace and payment
periods) aiming at ensuring that gross financing needs remain at a
sustainable level. These measures will be conditional upon full implementation
of the measures to be agreed in a possible new programme and will be
considered after the first positive completion of a review [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. Yet again, the Troika
shall let the Greek government labour under un-payable debt and when, as a
result, the program fails, poverty rises further and incomes collapse much
more, then we may haircut some of the debt – as the Troika did in 2012.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">The Euro Summit stresses
that nominal haircuts on the debt cannot be undertaken [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">N.b. The Syriza government
has been suggesting, since January, a moderate debt restructure, with no
haircuts, maximizing the expected net present value of Greece’s repayments to
creditors’ – which was rejected by the Troika because their aim was, simply,
to humiliate Syriza.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] Greek authorities reiterate their unequivocal commitment to honour
their financial obligations to all their creditors fully and in a timely
manner [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">N.b. Which can
only happen after a substantial debt restrucuture</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">.] Provided that all the necessary conditions
contained in this document are fulfilled, the Eurogroup and ESM Board of
Governors may, in accordance with Article 13.2 of the ESM Treaty, mandate the
Institutions to negotiate a new ESM programme, if the preconditions of
Article 13 of the ESM Treaty are met on the basis of the assessment referred
to in Article 13.1. To help support growth and job creation in Greece (in the
next 3-5 years) [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">N.b. Having
already destroyed growth and jobs for the past five years…</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] the Commission will work
closely with the Greek authorities to mobilise up to EUR 35bn (under various
EU programmes) to fund investment and economic activity, including in
SMEs </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. Will use
the same order of magnitude of structural funds, plus some fantasy money, as
were available in 2010-2014</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">.] As an exceptional measure and given the unique situation of Greece the
Commission will propose to increase the level of pre-financing by EUR 1bn to
give an immediate boost to investment to be dealt with by the EU
co-legislators [</span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">i.e. Of the
headline 35 billion, consider 1 billion as real money.</span><span lang="EN-US" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">] The Investment Plan for
Europe will also provide funding opportunities for Greece </span><span lang="EN-US" style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-ansi-language: EN-US; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e. the same plan that
most Eurozone ministers of finance refer to as a phantom program].<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-right: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-right-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><u><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">Termos da rendição da Grécia<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
o governo grego deve instaurar uma austeridade ainda mais rigorosa, atingindo
os cidadãos gregos mais vulneráveis que já sofreram largamente].</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
assestar um grande golpe ao único sector grego de crescimento – o turismo.]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
diminuir as mais baixas das pequenas pensões, dando a entender que o
esgotamento dos fundos de pensões não é devido ao PSI, elaborado pela troika
em 2012, com o consequente efeito de baixa do número de empregos e aumento do
trabalho clandestino].<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
a troika exige um controlo total sobre a forma como a Grécia elabora o seu
equilíbrio orçamental, com o objectivo de controlar completamente a amplidão
de austeridade que ela impõe ao governo]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
o governo grego, que sabe que os objectivos orçamentais impostos não serão
jamais atingidos com a austeridade imposta, deve comprometer-se com uma
austeridade ainda mais forte e sistemática, resultante dosúltimos erros da
troika]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
o governo Syriza deve ser humilhado, ao ponto de exigirem que imponha, por si
próprio, uma austeridade rigorosa, como prelúdio a um novo pedido de resgate
tóxico, o mesmo cuja rejeição tornou o Syriza internacionalmente célebre]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 1pt none windowtext; color: maroon; line-height: 18.3pt; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
o governo Syriza tem de aderir à mentira que faz dele, e não dos credores e
das suas táticas de asfixia, o responsável da forte deterioração da situação
económica no curso dos últimos seis meses – pede-se à vítima que assuma a
culpa do vilão]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
anular a decisão do Tribunal Constitucional favorável aos reformados]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><br /></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
reduzir em 85% os complementos de reforma, que o governo Syriza havia
defendido, com unhas e dentes, ao longo dos últimos cinco meses]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;"> </span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 1pt none windowtext; color: maroon; line-height: 18.3pt; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
ADMIE [rede de distribuição de electricidade] será privatizada para único
benefício de interesses particulares estrangeiros, por ordem das
instituições]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"><br /></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
assegurar-se de que nenhuma negociação colectiva é possível]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
que deve ser proibida [acção sindical]]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
que deve ser submetido aos caprichos dos empregadores [o despedimento
colectivo]]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
não deve existir nenhum mecanismo que permita aos assalariados obter, dos
empregadores, melhores condições]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
anuncia-se um tsunami de penhoras]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
os bens públicos serão liquidados e as magras somas assim obtidas serão
destinadas ao serviço de uma dívida insustentável – sem que nada reste para
investimentos públicos ou privados.]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
fazer da Grécia uma zona livre de democracia, segundo o modelo de Bruxelas,
uma forma de governo supostamente tecnocrático, politicamente tóxico e
macro-economicamente inepto].</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
a Troika contra-ataca e exige que o governo grego a convide a regressar a
Atenas como vencedora – a paz cartaginesa em todo o seu esplendor]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;">[i.e.,
o parlamento grego deve, de novo, após cinco meses de uma breve
independência, tornar-se um apêndice da Troika – aprovar, mecanicamente,
legislação traduzida.]<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
além de prometer que não legislará mais de forma autónoma, o governo grego
anulará, retrospectivamente, todas as leis que aprovadas nos últimos cinco
meses.]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; color: maroon; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; padding: 0cm;"> </span><span style="border: 1pt none windowtext; color: maroon; line-height: 18.3pt; padding: 0cm;"> </span><span style="color: maroon; line-height: 18.3pt;">[i.e.,
o Eurogrupo tirou da cartola uma soma exorbitante, muito superior ao que é
realmente necessário, para sublinhar que uma reestruturação da dívida está fora
de questão e que o nome do jogo é a servidão eterna da dívida.]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: none; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</td>
<td style="border: none; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
</div>
<br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.3pt; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-5450386502063043172015-07-03T03:53:00.001-07:002015-07-03T03:53:39.271-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: x-large;">O terrorismo financeiro
contra a Grécia<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Por <b>Vicenç
Navarro</b>*<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Estamos hoje a ver um ataque frontal do capital financeiro,
hegemonizado pelo alemão, e veiculado, principalmente, através do Banco Central
Europeu (BCE), contra o povo grego, ataque que tenta evitar qualquer assomo de
rebeldia frente às políticas de austeridade, que estão a destruir o bem-estar
das classes populares de todos os países da Zona Euro e, muito particularmente,
da Grécia, cujo governo Syriza foi o primeiro a dizer “JÁ BASTA” face ao que
não há outra forma de lhe chamar senão terrorismo financeiro (ver o livro do
Professor Juan Torres e eu, intitulado <i>Los
amos del mundo las armas del terrorismo financiero</i>). Neste momento, há que
entender o contexto político e histórico do que está a acontecer, começando
pelas semelhanças existentes entre o ocorrido na Grécia, agora, e o que sucedeu
em Espanha, em 1936.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">Espanha 1936, Grécia
2015 <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Existem momentos na história da Europa em que a luta pela
justiça e pela democracia num país é, também, a luta pela justiça e pela
democracia para todos os países do continente europeu. A luta, mal chamada
Guerra Civil, em Espanha (entre 1936 e 1939), foi exemplo disso. No território
espanhol, um golpe militar, em nome das minorias que controlavam o país, teve
lugar em 18 de Julho de 1936, com o apoio das tropas nazis alemãs e fascistas
italianas, frente à grande maioria das classes poopulares dos distintos povos e
nações de Espanha, que resistiram ao golpe heroicamente, durante mais de três
anos, com escassa ajuda militar dos países governados por partidos que se
autodefiniam como democratas, mostrando uma grande traição aos princípios
democráticos, que diziam defender.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A derrota das forças democráticas espanholas significou,
também, a derrota da democracia na Europa Ocidental, com a vitória do nazismo e
do fascismo em muitos países daquela Europa, iniciando-se a 2ª Guerra Mundial.
E, em Espanha, aquela vitória significou o início de um regime ditatorial, que
se caracterizou por uma enorme brutalidade (por cada assassinato político
cometido por Mussolini, o ditador Franco cometeu 10.000, segundo o maior
especialista em fascismo europeu, o Professor Malefakis, da Universidade de
Columbia, na cidade de Nova Iorque) e que impôs um enorme atraso económico,
político, social e cultural, em Espanha. Em 1936, Espanha e Itália tinham um
nível de desenvolvimento económico semelhante. Em, 1978, data em que terminou
aquele horrível regime ditatorial, o PIB per capita espanhol era apenas 62% do italiano.
Este foi o custo económico daquele regime.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">O que se está a
passar na Grécia?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Salvo as diferenças que existem em cada facto histórico, o
certo é que, na Grécia, temos assistido a uma situação semelhante, em que a
luta pela justiça social e pela democracia naquele país é a luta pela justiça
social e pela democracia em todos os países da Europa Ocidental. A preservação
da justiça social e da democracia, nos
países da União Europeia, está em jogo, hoje, naquele país A sua derrota
limitará enormemente, até anulá-las, tanto uma como outra, completando um
processo iniciado há anos com a construção de um sistema de governo da Zona
Euro, dominado pelo capital financeiro (hegemonizado pelo alemão), que, numa
coligação das minorias governantes em cada país, têm estado a agredir o povo
grego, destruindo 25% da sua riqueza nacional, o PIB, com o desmantelamento do
seu já escasso Estado de Bem-estar, saqueando-o, roubando-lhe as suas
propriedades e atacando as classes populares, muito particularmente, a sua classe
trabalhadora, assalto que se tem realizado em colaboração com as elites
corruptas e antidemocráticas que governaram a Grécia durante muitíssimos anos.
Este ataque (e não há outra maneira de o definir) foi levado a cabo em aliança
com as minorias que representam as classes dominantes dos países membros da
União Europeia, sendo um aliado importante, nesta luta de classes que está a
ter lugar a nível continental, as elites corruptas governantes do Estado
espanhol, herdeiras das que dominaram, durante a ditadura fascista em Espanha.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O ramo político deste capital financeiro – os partidos
conservadores e liberais, com a inestimável ajuda dos partidos socioliberais
(que ainda têm a ousadia de auto-intitular-se social-democratas, depois de
terem abandonado qualquer assomo de parecença com essa tradição política),
estabeleceram uma ditadura na União Europeia, que tem imposto políticas
sumamente impopulares, sem mandato popular (pois não estavam nos seus programas
eleitorais), alcançando uma máxima implementação na Grécia. Hoje, a riqueza
destruída naquele país, ainda pobre na Europa, é maior do que a riqueza
destruída em França e na Alemanha durante a 1ª Guerra Mundial. Pensões e
serviços públicos do Estado de Bem-estar estão a ser dizimados e os contratos
colectivos, que defendem o mundo do trabalho, estão sendo enormemente
debilitados, tudo como consequência das políticas neoliberais impostas pelo <i>establishment</i> neoliberal europeu, que
controla o governo da União Europeia e da Zona Euro, com a assistência do Fundo
Monetário Internacional. É um exemplo mais do terrorismo financeiro, tão
prejudicial como o terrorismo militar, sendo muito mais extenso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">O objectivo político
do <i>establishment</i> europeu é destruir
qualquer rebelião contra esta ditadura financeira.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O que está a acontecer hoje é a tentativa de destruir o
Syriza, o primeiro governo que, representando os interesses das classes
populares, tentou parar tanta barbárie, rebelando-se contra as políticas
públicas de austeridade, como lhe foi mandatado pelo povo grego. Como indiquei
em artigos anteriores, o que a ditadura financeira quer não é expulsar a Grécia
do euro, mas expulsar o Syriza do governo. E conta para isso com a classe
política grega, corrupta até à medula, que controla a grande maioria dos meios
de informação e persuasão daquele país, como também ocorre em Espanha.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A Grécia foi a maior vítima deste sistema terrorista, que
está a ser aplicado à Zona Euro, causando o maior desastre social que se
conhece, na Europa Ocidental, desde 1945. Daí a urgência e necessidade de
ajudar as forças democráticas gregas, saindo para a rua, em frente às
delegações da EU em Espanha, para mostrar o repúdio por este terrorismo. A
Europa, que era o sonho da resistência antifascista durante os anos de
clandestinidade, é agora um pesadelo, em consequência da deterioração tão
evidente da democracia e da solidariedade, resultado do terrorismo financeiro,
que domina, hoje, este continente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">O que está a
acontecer neste momento?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Como era de esperar, a maioria dos meios de grande difusão
em Espanha, altamente financiados pelo capital financeiro, responsabilizaram,
pelo que está a acontecer, nada menos que a vítima daquele terrorismo. Frente a
tanta mentira, é importante sublinhar </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">1. A enorme necessidade e urgência de responder a tanta
falsidade, denunciando os meios de comunicação por falsearem a realidade, tanto
do que tem vindo a acontecer, como do que aconteceu estes dias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">2. Que o Banco Central Europeu (BCE), que já mostrou a sua
hostilidade para com o governo Syriza dois dias apenas depois de ter sido
eleito, ameaçou destruir o sistema bancário grego, fechando toda a
transferência para as suas entidades bancárias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">3. Que as exigências das Instituições Europeias (formadas,
além do que se chamava a Troika – BCE, Comissão Europeia e FMI – pelo
Eurogrupo), que incluem o pagamento da dívida, são um ataque frontal à
sobrevivência da Grécia, pois é impossível pagar tal dívida e, ao mesmo tempo,
reactivar a economia grega. Estas exigências chegaram a níveis escandalosos,
como obrigar a uma redução das pensões públicas que signifique um corte
equivalente a 1% do PIB, ao mesmo tempo que essas mesmas instituições se opõem
ao pedido do Syriza em aumentar os impostos das classes mais ricas, vetando,
também, um imposto sobre os grandes iates dessas classes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">4. Que a aplicação das políticas de austeridade causou um
autêntico desastre social e económico, gerando, simultaneamente, um aumento, e
não uma diminuição, da dívida pública, da qual só os bancos estrangeiros
beneficiaram, muito particularmente os alemães e franceses, mas também os
espanhóis.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">5. Que quando estes bancos estiveram em risco de perder os
seus enormes lucros, gerados pelos juros que a Grécia era forçada a pagar e não
poderia pagar,, foram os governos da Eurozona que os resgataram, sob a falsa
desculpa de que tentavam ajudar a Grécia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">6. Que foram as instituições do establishment europeu que,
desde o primeiro dia do governo Syriza, mostraram uma enorme rigidez, ignorando
os pedidos deste governo, que não eram nem mais nem menos do que o que haviam
permitido ao Estado alemão quando a sua dívida estava a asfixiá-lo. Nestas
condições, fez-se um perdão de 50% da dívida pública alemã e o pagamento da
restante dívida ficou condicionado ao crescimento da economia alemã. As
instituições do establishment europeu opuseram-se sistematicamente e,
inclusive, negaram-se a considerar esta alternativa que o governo grego
apontara.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">7. Que o BCE, em aliança com a classe com a classe corrupta
dominante, na Grécia, que controla a maioria dos meios de informação, está a
tentar que, estes dias, antes do referendo do próximo fim-de-semana, haja um
caos na situação financeira grega, para mobilizar a oposição ao governo Syriza,
no referendo, com a intenção de conseguir o que sempre desejaram, expulsar o
Syriza do governo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">8. Que a derrota do Syriza será uma derrota da luta contra a
austeridade na Eurozona. O Syriza não tinha nenhuma outra alternativa senão
fazer o que fez, pedindo a opinião do eleitorado grego, pois o Syriza foi
escolhido para acabar com as políticas de austeridade. Se as instituições
europeias não o deixam fazer o que prometeu, é uma demonstração mais do seu
compromisso e coerência democráticos o facto de o Syriza considerar necessário
pedir ao povo grego que decida se aceita as mudanças sugeridas pelo <i>establishment</i> europeu ou se deseja que o
governo desobedeça a tais propostas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">9. Que tudo o que está a acontecer na Grécia afecta
directamente as classes populares de todos os povos e nações de Espanha. Daí
que o governo Rajoy tenha sido o maior aliado no Eurogrupo do Ministro das
Finanças alemão – o falcão do Eurogrupo -, pois o governo espanhol foi dos que
levaram a cabo tais políticas de austeridade com maior dureza, apresentando-se
como modelo a seguir na Eurozona. O tsunami político ocorrido neste país nas
últimas eleições municipais assustou o establishment neoliberal que governa a
Eurozona, contribuindo para aumentar a sua rigidez negociadora, pois querem,
por todos os meios, que o Syriza fracasse. Tentam, assim, assustar a população
espanhola, cada vez mais enojada com as políticas neoliberais, promovidas pelo
establishment espanhol (e, aqui, na Catalunha, pelo establishment catalão) e os
seus meios de informação e persuasão. O medo é, uma vez mais, a estratégia
seguida pela estrutura de poder, perante o número crescente de cidadãos que
querem tomar o controlo do seu presente e futuro. Daí o enorme temor de que os
cidadãos sejam conscientes de que se pode mudar as realidades que os oprimem, se
se organizarem para isso. E isto é o que o establishment neoliberal europeu não
pode permitir. Nem mais nem menos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"> _______ </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b><span style="line-height: 150%;">*</span></b> Catedrático de Ciências
Políticas e Sociais, na Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona. Foi
Catedrático de Economia Aplicada, na Universidade de Barcelona. É também professor de Políticas Públicas na The Johns Hopkins University (Baltimore, EUA). Dirige o Observatório Social de Espanha.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O texto original encontra-se em <a href="http://www.vnavarro.org/?p=12316">http://www.vnavarro.org/?p=12316</a> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-37872044201291820102015-06-28T03:43:00.001-07:002015-06-28T03:46:52.895-07:00<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: x-large;">A desconhecida história sobre as
negociações da dívida grega<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="font-size: large;">Por Vicenç Navarro*</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A grande maioria dos meios de informação e persuasão
espanhóis apresentou as negociações que têm ocorrido entre as maiores
instituições do sistema financeiro (tanto o Banco Central Europeu, BCE, como o
Fundo Monetário Internacional, FMI) e políticos europeus (a Comissão Europeia,
o Conselho Europeu e o Eurogrupo, dominado pelo governo alemão), por um lado, e
o governo Syriza, da Grécia, por outro, como um desencontro originado pela
suposta rigidez e incompetência do último, apesar da paciência e comportamento
racional dos primeiros. Em artigos anteriores questionei esta visão tão
complacente e pouco crítica, reproduzida como parte do saber convencional (ver “La
canallada que le están haciendo a Syriza en Grecia”, <i>Público</i>, 11.06.15) e promovida pelos gurus mediáticos e económicos,
todos eles de nítida sensibilidade neoliberal. […]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A evidência científica abundante […] mostra o erro e/ou
falácia da dita versão oficial. A última evidência desta falsidade acaba de ser
dada por uma pessoa que conhece bem a trama política que esteve por detrás das
políticas aprovadas pelas instituições do sistema financeiro e político europeu
citado anteriormente e impostas à população grega. A referida pessoa á nada
menos que Philippe Legrain, antigo assessor de quem foi Presidente da Comissão
Europeia, o Sr. José Manuel Barroso, e que mostra essa evidência no testemunho
apresentado na Comissão de Análise da Dívida Pública do Parlamento grego, apenas
há uns dias, a 11 de Junho (ver também o artigo do economista James K.
Galbraith, “Bad Faith. <span lang="EN-US">Whay
Real Debt Relief Is Not On the Table for Greece”, <i>Social Europe Journal</i>, 18.06.15).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Segundo o Sr. Legrain, o problema teve início em Maio de
2010, quando o FMI percebeu que o Estado grego não poderia pagar nunca a sua
dívida pública acumulada, o que causaria um problema grave para os bancos que a
haviam comprado, consequência das suas grandes quantidades de dívida pública
adquirida por esses bancos. A sua sobrevivência estava claramente ameaçada.
Segundo o Sr. Legrain, o governo alemão tinha também consciência deste grande
problema, como os demais elementos do sistema financeiro europeu, incluído o
BCE. Todos sabiam que a bancarrota do Estado grego criaria um problema
gravíssimo para os bancos que possuíam aquela dívida pública. E este problema
podia converter-se num problema político maior. Os bancos estrangeiros (não
gregos) que tinham mais dívida pública grega eram os franceses e os alemães
(embora também estivessem os espanhóis), que haviam sido muito activos na
compra da dívida grega, que gerava uns juros já então muito elevados.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Até aqui o primeiro capítulo do drama, um drama baseado na
cumplicidade entre as instituições financeiras (FMI e BCE), por um lado, e as
instituições políticas que governam os países do euro (a União Europeia e os
principais governos da Eurozona), por outro, para salvar não a Grécia, mas os
maiores bancos privados. Dois cidadãos franceses tiveram um papel-chave nesta
trama. Um foi o Presidente do FMI, o Sr. Dominique Strauss-Khan, que pensava
deixar o FMI para se apresentar às eleições francesas como candidato do Partido
Socialista francês, para o cargo de Presidente do país. O outro francês era o
Presidente do Banco Central Europeu, o Sr, Jean-Claude Trichet, consciente
também das eleições francesas e do desastre que podia ocorrer se alguns dos maiores
bancos franceses colapsassem. Preocupação semelhante havia na Alemanha, onde a
comunidade bancária gozava (e continua a gozar) de uma enorme influência sobre
o Estado Federal alemão. Daí que as instituições se mobilizassem para salvar,
repito, não a Grécia, mas os bancos, como expôs claramente o Sr. Philippe Legrain.
E foi assim que se deu o resgate à banca por parte do FMI, do BCE e dos maiores
governos da Eurozona, comprando-lhe a dívida grega, que ela havia adquirido,
plenamente conscientes (repito, plenamente conscientes) de que o Estado grego
nunca poderia pagar a dita dívida. Era óbvio que todos os actores daquele drama
conheciam isto, embora todos mantivessem um silêncio ensurdecedor, com o
objectivo de ocultar uma situação que, se fosse conhecida, teria criado uma
revolta popular nos países cujos governos estavam a salvar bancos privados com
dinheiro público, comprando-lhes uma dívida pública que nunca poderia ser paga.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">Porquê os cortes? O
segundo capítulo do drama<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O segundo capítulo do drama foi a intensidade e a
brutalidade (não há outra forma de o dizer) dos cortes na despesa pública
impostos à população grega, uns cortes sem precedente num país europeu em tempo
de paz. Estes cortes tinham como objectivo conseguir que o Estado grego
pagasse, primeiro aos bancos privados e, mais tarde, às instituições
financeiras citadas anteriormente e aos Estados que tinham comprado aos bancos
privados os seus títulos de dívida pública grega. Estes cortes foram impostos
ao povo grego com pleno conhecimento do enorme dano que causariam, tanto ao
bem-estar da população como ao estado da economia grega. O FMI havia estimado
que tais cortes originariam uma descida de 5% do PIB. Na realidade, foi muito
pior. O PIB grego desceu nada menos que 20% (alguns crêem que foi inclusive
mais, uns 25%).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O que é importante assinalar é que outro dos maiores
objectivos destes cortes foi o de determinarem uma descida da dívida pública
grega, objectivo que (como era fácil de prever), não só não se alcançou como se
conseguiu precisamente o contrário. A dívida pública aumentou de forma notável,
alcançando 150% do PIB em 2013. Como indicou o Sr. Legrain, na sua declaração
perante o Parlamento grego, nenhum desses “especialistas” do FMI foi penalizado
pelos seus erros, erros que definiu como “estupidezes”, consequência da
aceitação acrítica do dogma neoliberal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Mas, outro objectivo da imposição das políticas de
austeridade era o de castigar o povo grego (e anunciar que se castigaria, com a
mesma força, qualquer outro país que não pagasse a dívida pública do seu
Estado, como poderia acontecer em Espanha), escolhendo as intervenções que mais
dano fariam às classes populares como, por exemplo, as pensões públicas,
justificando-o com o argumento de que estas pensões eram exuberantes, argumento
que foi, previsivelmente, promovido pelos maiores meios de informação […]. Na
realidade, só 14% dos pensionistas recebem mais de 1050 euros por mês. A grande
maioria recebe uma pensão abaixo de 665 euros, que é o limiar de pobreza
naquele país.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">É importante assinalar que nem o governo anterior ao do
Syriza, nem as autoridades do FMI, do BCE, da Comissão Europeia ou dos governos
alemão e francês jamais exploraram a possibilidade de reduzir o gasto militar,
o que não deixa de ser surpreendente, pois a Grécia é o país que mais gasta com
as suas forças armadas, na EU-15, depois do Reino Unido. A causa deste silêncio
é fácil de ver. A França e a Alemanha eram os maiores fornecedores de
armamento, realizando negócios suculentos com a venda de armas ao Exército
grego, pagas com dívida pública. A Grécia tem 1.620 veículos blindados, um
número mais alto do que o da Alemanha, França e Itália juntas. E, na sua
maioria, comprados a estes países.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Foi o governo Syriza, não a Troika, quem propôs que se
cortasse na despesa militar e não na das pensões – outro dado também ignorado
pelos meios de informação. Na realidade, o governo Syriza foi o único que se
atreveu a enfrentar-se com o Exército, tentado que desapareçam as tensões entre
a Grécia e a Turquia, habilmente utilizadas pelas forças armadas para perpetuar
os seus interesses. Como era previsível, o governo dos EUA e a NATO ajudaram ao
rearmamento daquele país, pressionando, ao mesmo tempo,, para que a Grécia faça
cortes no seu Estado de Bem-estar, pensões incluídas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;">A necessária
reestruturação da dívida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O <i>quid</i> da questão,
que não apareceu nas negociações até que o Syriza, o partido governante na
Grécia, o pôs em cima da mesa, foi a necessidade de reestruturar a dívida
pública grega, pois esta dívida não poderia pagar-se nas condições aprovadas
nas negociações entre a Troika e o governo grego anterior. Este tema era um
tema tabu no início das negociações, embora tenha sido aceite no final. As
instituições europeias e o FMI tinham plena consciência disso. Mas preferiam
ignorá-lo e continuar a explorar o povo grego, para recuperar algo do dinheiro
emprestado (com os respectivos juros).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O que os forçou a considerar a reestruturação da dívida foi
o que estava a acontecer na Grécia, assim como em Espanha e em Portugal. As
mobilizações populares de apoio ao governo Syriza (e que foram acompanhadas por
mobilizações ao longo do território da EU) contra a austeridade, assim como os
resultados das eleições municipais e autonómicas espanholas, alarmaram em
grande medida essas organizações, pois a vitória do Podemos e outros partidos
anti-austeridade, nas grandes cidades, preocupou-os grandemente (ver John
Palmer, “We Must Stand With Greece For The Sake of Europe, <i>Social Europe Journal</i>, 22.06.15). E, em Portugal, o Partido
Socialista, provável vencedor nas próximas eleições, prometeu anular todas as
políticas de austeridade. Hoje, aquilo a que se tem vindo a chamar a nova
esquerda está a expandir-se por todo o território europeu, uma nova esquerda
que está contra esta Europa, querendo substituí-la por outra diferente. E, a
actual está altamente preocupada. Daí a flexibilização da enorme rigidez que
tinha mostrado até agora.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Não é necessário dizer que o governo Syriza teve que ceder
em algumas exigências impostas pelo sistema financeiro e político, embora
menores do que se lhe pedia no começo das negociações. Mas, a vitória do
Syriza, a que se deve agradecer por ter iniciado a rebelião contra as medidas
de austeridade, significou resistir à maioria das medidas que queriam impor à
Grécia e levantar o problema da continuidade do pagamento da dívida pública nas
condições actuais, que são inaceitáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Hoje, na Europa, pôs-se em marcha um movimento de protesto
contra as imposições do sistema financeiro e económico, que está a acontecer
também em Espanha, como mostrou o tsunami político ocorrido nas últimas eleições
municipais e autonómicas. Tudo isto mostra que, se as classes populares dos
países se mobilizarem, podem ir conquistando espaços de liberdade, democracia e
bem-estar que aquele sistema, através dos seus sistemas políticos, lhes têm ido
reduzindo durante todos estes anos. Como dizia o meu amigo Eduardo Galeano, “muita
gente pequena, em lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, pode mudar o mundo”.
Está a acontecer na Grécia e em Espanha, tendo-se iniciado um processo que,
neste país, começou em 15-M, o qual não podem parar. E se não acreditam,
esperem e verão.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">_________</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Texto original em <a href="http://www.publico.es/">Publico.es</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 150%;">*</span></b> Catedrático de Ciências
Políticas e Sociais, na Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona. Foi
Catedrático de Economia Aplicada, na Universidade de Barcelona</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-6160357141477952092015-04-29T02:05:00.000-07:002015-04-29T02:05:10.640-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Discurso a esperar:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Se os gregos preferem às muitas dificuldades da dignidade a
canga da renúncia e humilhação, nós, Syriza, entre a traição e o valor,
negamo-nos à rendição.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Outros, ou os mesmos de sempre, que vendam o país e a Europa
ao novo nazismo da ocupação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Florianis morreu de pé e nós, na honra, negar-nos-emos a
viver de joelhos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Demitimo-nos.</span></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3433332063189700317.post-82301068737917543512015-04-06T14:52:00.002-07:002015-04-06T14:52:52.721-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">No sábado, no domingo ou hoje, os meios de comunicação
portugueses, tão preocupados com o cumprimento das promessas eleitorais do
governo grego, podiam ter dado uma notícia, mais ou menos nestes termos:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><b>O Parlamento grego acolhe jornadas
históricas<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230; text-align: center;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230;">
<span style="font-size: large;"><b><i>Pela primeira vez, na Europa, foi
constituída uma Comissão de Auditoria da Dívida com participação cidadã, sob os
auspícios do Parlamento grego e da sua Presidente, Zoe Konstanstopoulou</i></b>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Mas, até ao momento (22 horas do dia 6 de Abril), nem uma
linha. Nestes termos ou em quaisquer outros. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Façamos, então, nós de jornalistas:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230;">
<span style="font-size: large;">Terminam hoje, no Parlamento grego, três
jornadas sobre a dívida contraída pelos anteriores governos, com a apresentação
de uma comissão, composta por nacionais e estrangeiros, que irá estabelecer a
verdade sobre a dívida, determinando qual a parte ilegal, a ilegítima, a odiosa
e a insustentável.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230;">
<span style="font-size: large;">O Presidente da República da Grécia esteve
presente e, num discurso, deu apoio a esta iniciativa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230;">
<span style="font-size: large;">O primeiro-ministro Alexis Tsipras, uma dezena
de ministros, o chefe de gabinete de controlo do Orçamento e o chefe do serviço
científico do Parlamento intervieram para dizer que punham os seus ministérios
e departamentos à disposição da Comissão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #DDD9C3; mso-background-themecolor: background2; mso-background-themeshade: 230;">
<span style="font-size: large;">Foi acordado, igualmente, dar a conhecer os
resultados desta auditoria ao Parlamento Europeu, aos parlamentos nacionais dos
Estados integrantes da União Europeia, assim como à opinião pública
internacional.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">O que incomoda tanto nesta notícia, ao ponto de aplicarem o
9º princípio da propaganda de Goebbels: “Silenciar as questões sobre as quais
não se tem argumentos e dissimular as notícias que favorecem o adversário, com
a ajuda dos meios de comunicação”?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A resposta está nas seguintes definições, dadas por quem
assumiu, a convite da Presidente do Parlamento grego, a coordenação científica
da comissão – Eric Toussaint:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b>Dívida ilegal</b>: contraída
em violação do direito jurídico ou constitucional.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b>Dívida pública
ilegítima</b>: contraída pelos poderes públicos sem respeitar o interesse geral
ou em seu prejuízo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b>Dívida pública odiosa</b>:
originada em créditos concedidos a regimes autoritários ou impondo condições
que violam os direitos sociais, económicos, culturais, civis ou políticos das
populações afectadas pelo pagamento dessa dívida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><b>Dívida pública
insustentável</b>: dívida cuja devolução condena a população de um país ao
empobrecimento, a uma degradação da saúde e da educação pública, ao aumento do
desemprego, inclusive à subalimentação. Em resumo, uma dívida cujo pagamento
implica o não respeito dos direitos humanos fundamentais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">É preciso que este “mau” exemplo não chegue aos nossos
ouvidos e que a má-fé de apresentar Portugal como um caso de sucesso, diferente
da Grécia, não seja visto como servilismo e traição ao país. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
irresilienciashttp://www.blogger.com/profile/15492097989233985950noreply@blogger.com0