O QUE ELES ESCONDEM

domingo, 23 de fevereiro de 2014

 
Manipulação da opinião pública sobre o que se passa na Venezuela

 
Este tweet é de um tal @Jonathan_Mora, que mostra a brutal foto de oito cadáveres, tirada em Aleppo, na Síria, em Julho de 2012, dizendo "Necessitamos que esta foto dê a volta ao mundo! Estudantes mortos em Maracay!":

 
El autor de este tweet, con una foto de Siria, después alardeó de que Reuters publicó su impostura.
 
Alfredo d Jesús Viso escreve dois tweets com imagens dos protestos de estudantes universitários, no Chile, em 2012, dizendo: "#SOS Repressão na #Venezuela# Urgente que esta foto dê a volta ao mundo"12FVenezuelaPaLaCalle#Cuba" e "Atenção: Forte Repressão na #Venezuela contra protestos estudantis #Cuba":
 

Venezuela tweet falso Chile
 
 
Esteban Gerbasi, opositor venezuelano,  recorreu à imagem de uma acção da polícia de choque, no Brasil, de 29 de Junho de 2013, afirmando: "#OPovoNaRua;Ditadura!":
 
Venezuela tweet falso Chile


 
A mais brutal de todas estas manipulações, a de uma foto de cadáveres de bebés dentro de caixas, tirada num hospital público das Honduras, em Novembro de 2012. Aautora do tweet, Idania Chirinos, que se diz "jornalista venezuelana, comprometida com a luta pela DEMOCRACIA"... Aqui, ali, onde for! Directora de conteúdos da NTN24", escreve: "Isto é Venezuela... é o Hospital Central de Maracay!! De que revolução falamos?":
 
 
Venezuela tweet falso Honduras
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
Pedro Alvarez, outro opositor, apresenta a foto de um presumível colaborador da ETA, Unai Romano Igartua, quando entrou na prisão de Soto del Real, depois de ter sido preso pela Guardia Civil espanhola, em 7 de Setembro de 2001. E diz: "Humanistas" pacífios do Criminosos fascista Assassino Regime do PSUV. Merecem perdão?--"
 
 
Venezuela tweet falso Euskadi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
A cadeia humana, organizada na Catalunha, em 11 de Setembro de 2013, passou, neste tweet, a situar-se em Tachira, região da Venezuela, fronteira com a Colômbia:
 
Venezuela tweet falso Catalunya
 
 
 Esta notícia foi retirada de www.publico.es , de 22-2.2014

 Será destes tweets que os meios de comunicação portugueses tiram as suas informações sobre a "repressão" exercida pelo governo venezuelano contra os manifestantes?

Não saberão os meios de comunicação portugueses a razão verdadeira pela qual o governo da Venezuela teve de anular as credenciais a três jornalistas da CNN?

E por que razão o canal de televisão TELESUR, cujo sinal sempre recebi, através do satélite da ZON, foi desactivado desde ontem? Será a TELESUR incómoda, visto transmitir notícias e reportagens, em directo, dos acontecimentos na Venezuela? Será que não podemos saber a verdade sobre o que realmente se passa naquele país, como, por exemplo, que a falta de alguns produtos se deve ao açambarcamento, feito por alguns comerciantes, com o intuito de virar o povo contra o governo ou que o limite de 30% (e não 1000% e mais, como acontecia) nas margens de lucro, não ter deixado nada contentes esses mesmos comerciantes?

Além de a Venezuela ter a maior reserva de petróleo de todos os países produtores é, também, um "mau" exemplo que é preciso sufocar. É que o "pátio traseiro" dos Estados Unidos e o maná da exploração desenfreada por empresas europeias está a ficar cada vez mais reduzido, com muitos povos latino-americanos a dizer que o que está nos seus países lhes pertence e que são eles quem deve decidir do seu presente e do seu futuro.

A Venezuela tem ainda muitos problemas por resolver. No entanto, segundo um relatório da UNESCO, já ocupa o 5º lugar, a nível mundial, no que diz respeito à percentagem de estudantes universitários, com 83%, não estando muito longe da Finlândia (92%). Claro que a educação universitária, neste país, é gratuita, o que é um dos muitos "maus" exemplos.

 
 



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