O ideal é o papá ter sido
dono de uma ou mais roças em África e, desde menino, ou menina, saber como
espremer o escravo ao nosso mando.
Faltando a experiência dita,
basta um simples familiar, chegado ou não, ter terreno nas bandas da Galiza de
baixo ou latifúndio em terras alentejanas.
A derradeira hipótese é da
preferência de “socialistas” e a primeira tem a predilecção do PSD e CDS.
O diploma superior é muito
fácil de obter,por subejarem faculdades, dentro e fora do país, que descobriram
o furo e fazem bom dinheiro em mestrados, doutorados, pós-graduações e o que a
imaginação humana e o jeito para o negócio poderão sempre inventar.
O nosso herói, lá de cima,
tem a agudeza de distinguir um Alvarinho de um Loureiro, ainda que
especializado em instalações eléctricas.
Dá garantias, também,
porque, cordato e concordante sempre, encarna o exemplar perfeito do yes-man
ou, em vernáculo de Alfama, choninhas.
Teve a sorte, além disso, de
completar um estágio na chefia de jotinhas, o que abona, irrefutavelmente, a ascensão
a sábio e medalhamentos locais e universais.
Com currículo tão subido,
não vejo lugar para dúvidas no desempenho da missão que os astros e o governo
determinaram confiar-lhe.
Se demora em decidir e está
à espera do mau tempo, é que uma acção de resposta à natureza adversa, exige
ponderação e calma e uns contributos de Bruxelas, que nós estamos a tinir há
muito.
O pé-de-meia que havia foi
canalizado para obra que acabará em Setembro, se as contas baterem certo.
E é precisamente aqui que a
inteligência se revela: sendo os máximos do mau tempo a aproximar-se nesta
altura, ver-se-á se S. Jacinto fica ou embarca para longes terras.
Resistindo, intervir-se-á,
então, no litoral que restar.
Esta perspectivação
científica baseia-se, como muito bem se sabe, no método das tentativas e erros.
Razão para medalhação a
dobrar.
A.S.A., do blogue IRRESILIÊNCIAS
Sem comentários:
Enviar um comentário